Instruções Psicofônicas

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Capítulo XXX

Coração e cérebro


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No encerramento das nossas atividades, na reunião da noite de 2 de outubro de 1954, foi Meimei quem tomou as faculdades psicofônicas do médium, alertando-nos para a cultura do coração.


Imaginemos um castelo de prodigiosa beleza, no cimo da montanha, talhado em ouro maciço, ostentando torres de cristal, ameias incrustadas de pérolas e pátios pavimentados de brilhantes, entre ogivas refulgentes, mas sem água que lhe garanta a habitabilidade e alegria.

Ao clarão diurno, faísca de cintilações e, à noite, assemelha-se a santuário sublime vestido de prateada luz.

Entretanto, na aridez em que se encrava, reduz-se a solitário retiro, no qual somente as aranhas e as serpes da sombra se amontoam, rebeldes e envenenadas.

Eis, porém, que surge um dia em que de fonte oculta aflora no palácio um fio d’água humilde.

E onde havia abandono aparece o pouso agasalhante, cercado de jardins, substituindo a secura que se enfeitava de pó.

Escorpiões e víboras fogem apressados, ante os hinos do trabalho e as vozes das crianças.


Temos nesses símbolos o cérebro supermentalizado e o coração regenerador.

O raciocínio erguido às culminâncias da cultura, mas sem a compreensão e sem a bondade que fluem do entendimento fraterno, pode ser um espetáculo de grandeza, mas estará distante do progresso e povoado pelos monstros das indagações esterilizantes ou inúteis.

Enriqueçamo-lo, porém, com o manancial do sentimento puro e a inteligência converter-se-á, para nós e para as outros, num templo de sublimação e paz, consolo e esperança.

Cultivemos o cérebro sem olvidar o coração. Sentir, para saber com amor, e saber, para sentir com sabedoria, porque o amor e a sabedoria são as asas dos anjos que já comungam a glória de Deus.




Meimei
Francisco Cândido Xavier


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