Janela Para a Vida

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Capítulo XI

Memorando


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Reclamas alfinetadas

E choras por ninharia,

Mas não percebes o amparo

Que recebes dia a dia.


Enquanto vives no mundo,

Ante o corpo que te encerra,

Não sabes quanto socorro

Que te vem do Céu à Terra.


Sais de casa, muitas vezes,

Regressando, indiferente;

Entretanto, desfrutaste

O auxílio de muita gente.


Espíritos generosos

Em sustentando-te a paz,

Guardaram-te os aposentos,

Cerraram bicos de gás.


Outros muitos te garantem

Encontros, lucros, recados,

Trabalhando na memória

De parentes e agregados.


Na doença, ante os remédios,

Que te suprimem a dor,

Colhes o apoio invisível

Dos mensageiros de Amor.


Por muitas bênçãos que encontres

Nas pessoas benfazejas,

São muitas mãos de outros Planos

Que te ajudam, sem que as vejas.


Nas provas inevitáveis,

Evita a lamentação,

O Céu te auxilia sempre

Sem contas de gratidão.




Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier


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