Janela Para a Vida

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Capítulo XVIII

Zeca Leal


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Morre Zeca Leal numa palhoça,

Morre a sós quem servira a vida inteira…

Faz calor… Cantam aves na mangueira…

Depois, é a noite, a sombra que se engrossa…


Morre Leal lembrando o milho, a eira,

O cafezal imenso, além da roça…

Nisso, aparece um moço à choça…

“Quem é?” — murmura o pobre em voz rasteira.


— “Já não aguento mais minhas feridas!…”

O moço toca as chagas doloridas

E diz: “Eu sou Jesus! Vim socorrê-las!…”


Leal entrega o corpo à terra fria

E segue o Cristo em pranto de alegria,

Numa estrela mais clara que as estrelas!…




Cornélio Pires
Francisco Cândido Xavier


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