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Capítulo XXI

A chave bendita


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Efetivamente, muitos são os problemas que nos assediam a existência. Dificuldades que não se esperam, tribulações que nos espancam mentalmente [de imprevisto], sofrimentos que se instalam conosco, sem que lhes possamos calcular a duração, desajustes que valem por dolorosos constrangimentos.

Se aspiras a obter solução adequada às provas que te firam, não te guies pela rota do desespero.

Tens contigo uma chave bendita — a chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência.

Perante quaisquer tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para logo a equação de harmonia e segurança a que pretendes chegar.

Nada perderás, deixando fale alguém com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas;

nunca te diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária;

em cousa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio diante de conceitos deprimentes que te sejam desfechados;

não sofrerás prejuízo algum em te calando nessa ou naquela questão que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais;

grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com que aceites desprestígio ou preterição;

jamais te arrependerás de abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas;

e a simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, em benefício dos outros.


Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através dos pequeninos gestos de tolerância e bondade e o esquema de trabalho, a que a vida nos indique, ganhará absoluta eficiência de execução.

Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira de ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues a semelhantes agentes destrutivos.

Tenta a humildade.




A presente mensagem diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada originalmente em 1972 pelo IDE e é a 17ª lição do livro “”



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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