Loja de Alegria

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Capítulo XI

O conselho do guia

Era um problema difícil

O Joaquim da Piedade,

Tão — logo lhe fora entregue

A própria mediunidade.


Fosse o assunto qual fosse

De tristeza ou de alegria,

Conclamava os companheiros:

— “Busquemos saber do guia.”


O grupo se congregava

E as perguntas de Joaquim

Surgiam encadeadas,

Qual inquérito sem fim.


Queria saber, ao certo,

O porquê da luta humana,

Qual a influência dos astros

No horóscopo da semana.


Indagava sobre as rosas

Que lhe floriam no lar,

Se devia transferi-las

De posição ou lugar.


Quanto à esposa, quase mãe,

Tinha sempre um caso a ver

E questionava o mentor

Sobre a criança a nascer.


Comprara um sítio não longe,

Pensando em veios de mica,

Queria saber se a terra

Era mesmo pobre ou rica.


Inquiria sobre tudo

O que lhe dava na telha,

Até se devia usar

Camisa branca ou vermelha.


Toda a equipe acompanhava

Ora serena, ora fula,

As perguntas infindáveis

Do companheiro especula.


Até que chegou o dia

Em que o mentor da sessão

Falou-lhe: — “Joaquim, agora,

Já chega de indagação.


“Um amigo desencarnado

Vive na ação e no estudo,

Só porque saiu da Terra,

Não é doutor sabe-tudo.


“Se você quer colher frutos

Celestiais ou terrenos,

Estude sem descansar,

Sirva mais, pergunte menos.


“Para todos nós aqui

Se quisermos melhorar,

Ante a lei justa de Deus,

O caminho é — trabalhar.”




Jair Presente
Francisco Cândido Xavier


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