Luz na Escola

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Capítulo VIII

A saudade é um hino

Conceição, Margarida, Memé, eu sou aquele espírito humilde e pobre que conseguiu comparecer à festa de Jesus…

Venho dizer-te, minha companheira querida da vida material, que seques tuas lágrimas de saudade e de dor.

Filhas amadas, transformemos de agradecimento a Deus, porque nós não entendíamos Jesus e agora buscamos compreendê-lo.

As preces que me têm enviado foram um bálsamo sacrossanto para o meu coração.

A morte é de todas as separações a mais dolorosa e mais triste, porém, é com os seus sofrimentos que abrimos o coração para uma vida mais vasta.

Conceição, minha querida, vês que o velho companheiro de tantos anos não te podia esquecer! Eu estou contigo e te beijo as mãos.

Agora, recordo-me bem dos mínimos detalhes do passado, para reconhecer quanto é grande o teu sentimento de dedicação no esforço de esposa e mãe. Perdoa-me! Pois bem reconheço os sacrifícios que minha vida exigiu da tua vida, que o meu coração reclamou de teu coração bondoso! Eu bem quisera continuar aí no mundo, ao teu lado, mas os desígnios de Deus são mais fortes e justos. Se eu não partisse, não estaria sentindo tanta felicidade por compreender melhor a Jesus e, se amargo tem sido o cálice de nossa separação, também hoje tens o tesouro da fé viva que cousa alguma do mundo poderá subtrair.

Nossa Margarida também enche o teu espírito saudoso com os cânticos de sua Escola. Memé e Zélia, bem como o filho querido, ouvem-te as palavras de resignação e se encontram também felizes!

Que desejo mais, minhas queridas, senão trabalhar agora para também ser digno do trabalho com Jesus? Peço, pois, a todos os de casa que esqueçam a dor, para guardarem o tesouro da esperança!

Quero que Margarida cante alegremente para a tua alma, a fim de que readquiras a alegria de viver, sabendo que, no Plano espiritual, há o coração do esposo amigo que pede a Jesus pelo teu, resgatando uma dívida sagrada de imenso e de infinito amor.

Peço ao Altíssimo que abençoe as minhas filhas bem-amadas, proporcionando-lhes todos os bens que o aprendizado no mundo pode oferecer.

E, por hoje, guarda o meu adeus afetuoso, crente de que o túmulo é somente uma porta para outra vida mais real e mais bela, onde o coração, porém, não pode esquecer os entes bem-amados que ficaram na Terra, aguardando o reencontro feliz.

Que Deus nos ilumine e me faça compreender cada vez mais que, em toda parte, nós podemos estar juntos pelos laços sacrossantos do coração e do espírito.

Reconhecido e feliz pela esmola que Jesus me concede, peço ao Céu para que as bênçãos do amor de Deus estejam com todos.




Essa mensagem foi também publicada pelo IDE, e faz parte da 32ª lição do livro “”



Olímpio Almeida
Francisco Cândido Xavier


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