Luz no Lar
Versão para cópiaCapítulo XLIV
Saudade vazia
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Desde muito chorava o belo filho morto, Num desastre de mar em suntuoso falucho… Triste, a fidalga anciã vivia em pranto e luxo, No esplêndido solar ao pé de velho porto… Certo dia, a criada, em rijo desconforto, Dá-lhe um pobre enjeitado, um magro pequerrucho. Ela clama: “Não quero! Isto é morcego e bruxo, Tem na face de monstro o nariz feio e torto!…” E a dama solitária, em angústia insofrida, Atravessou a morte e acordou noutra vida, Buscando, ansiosa e rude, a afeição do passado… Debalde soluçou, na lição do destino… Ao desprezar na Terra o infeliz pequenino, Recusara, orgulhosa, o filho reencarnado. |
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