Luz no Lar

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Capítulo VI

Colombina

Mascarada mulher o rabecão trouxera.

Morrera em pleno baile a frágil Colombina

E, no egrégio salão de culto à Medicina,

O professor leciona, em voz veemente e austera:


— “Rapazes, contemplai! É rameira e menina.

Tombou ébria no vício e com certeza era

Devassa meretriz, mistura de anjo e fera,

Flor de lama e prazer, Vênus e Messalina.”


Em seguida, a cortar, rompe a seda sem custo,

Desnuda-lhe, solene, a alva pele do busto,

Afasta, indiferente, as flores de rendilha…


No entanto, ao descobrir-lhe a face triste e bela,

O mestre cambaleia e chora junto dela…

Encontrara na morta a sua própria filha.




Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 32ª lição da 1ª Parte do livro “”



Júlia Cortines
Francisco Cândido Xavier


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