Mãe Antologia Mediúnica
Versão para cópiaMinha mãe
Lembro-te, mãe, revendo a nossa casa… O pequeno jardim, o poço, a horta… O vento brando que transpunha a porta, Afagando o fogão de lenha em brasa… Esfregavas a roupa na bacia… Eu ficava na rede, aos teus desvelos… Depois, vinhas beijando-me os cabelos, A embalar-me, cantando de alegria. Dorme, dorme, prenda minha, Dorme agora, meu amor, És a joia que eu não tinha, Prenda minha, minha flor!… Lá no Céu tem três estrelas, prenda minha, Todas são de prata e luz… Lá do Céu você me veio, prenda minha, Por presente de Jesus!… E lá se foi o tempo, ante as mudanças… Cresci, fiquei rebelde… Estradas novas… Entrei no mundo grande, em grandes provas, Carregando saudades e esperanças… Hoje, volto a rever-te, mãe querida!… Quero dizer-te, em minha gratidão, Que és o amor sempre amor em minha vida, E a própria vida de meu coração. |
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