Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo LIII

Páginas de saudade e ternura

Minha querida filha: Deus abençoe a vocês todos, concedendo-lhes muita saúde, alegria e paz.

Suas preces e pensamentos me buscam, na vida espiritual, como vivos apelos do coração.

Nossas lágrimas de saudade se confundem.

Morrer, minha filha, não é descansar, porque o amor, principalmente das mães, é sempre uma aflição permanente do espírito.

Ainda não pude habituar-me à ideia de que nos separamos, no mundo, apesar de sentir-me amparada, incessantemente, por minha mãe e pelo carinho de seu pai.

Quando você se encontra a sós, pensando… pensando… muitas vezes, sou atraída por suas meditações, e, em sua companhia, revejo nossos dias escuros e difíceis em minha viuvez iniciante. Uma ansiedade dolorosa me constrange o coração, nesses encontros…

É que desejava fazer-me visível aos seus olhos e acariciar seus cabelos, como em outro tempo. Em vão, procuro dizer a você, que estou viva, que a morte é ilusão. Inutilmente busco um meio de arrancá-la das reflexões tristes, arrebatando-a das sombras íntimas, para restituir seu espírito à alegria; mas sou forçada a receber suas perguntas doloridas e esperar…

Filha do meu coração, rogo-lhe se reanime.

Não estamos separadas para sempre. O túmulo é apenas uma porta que se abre no caminho da vida, da vida que continua sempre vitoriosa.

Quando você puder, interesse-se pelos estudos da alma eterna.

Guarde a sua fé em Deus, como lâmpada acesa para todos os caminhos do mundo.

Tudo na terra é passageiro. Ainda ontem estávamos juntas, conversando, unidas, quanto aos nossos problemas; e, hoje, tão perto pelo coração, mas tão longe pelos olhos da carne, uma da outra, somos obrigadas a colocar a saudade e a recordação no lugar da presença e da comunhão mais íntima, em nossa alma.

Tenha paciência, minha filha, e nunca perca a serenidade.

Estarei com você, em todos os seus passos. Abraçada às suas orações e às lembranças carinhosas, que me fortalecem para a jornada nova, e rogando a você muita tranquilidade e confiança em Deus, sou a mamãe muito amiga, que vive constantemente com você pelo coração,




Noêmia
Francisco Cândido Xavier


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