Mãe Antologia Mediúnica
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Reunião pública de 20-3-1961.
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Essas doces crianças que observas, com sublime enternecimento, são teus filhos, pérolas de luz; cujo escrínio geraste no coração, muitas vezes coagulando as próprias lágrimas.
Tomaste algo de teu sangue e amassaste-o com o hálito de teu hálito, adicionaste os melhores sonhos e os mais límpidos ideais e formaste semelhantes maravilhas que te nasceram por esperanças em flor.
Sentindo-as por aves frágeis, à busca de asilo em teu peito, sabes acolher-lhes as necessidades, no carinho incessante.
Dias de laborioso cuidado, preservando-lhes a existência. Noites de dolorosa vigília, quando a enfermidade aparece. Alimento, agasalho, escola, responsabilidades e inquietações…
Entretanto, mais tarde, nunca te lembrarás de cobrar-lhes impostos de reconhecimento ou exigir se convertam em fantoches de teus caprichos.
Ver-lhes a honradez e o trabalho, o passo reto e a independência construtiva representa, em verdade, todo o triunfo que ambicionas.
E, um dia, dobado longo tempo sobre a tua renúncia, se essas crianças, transfiguradas em pessoas adultas, caem sob terríveis enganos, na conquista da experiência, sabes esquecer as rugas de dor e refazer os ossos desconjuntados… Sabes começar a luta de novo para ajudar os rebentos da própria vida a se transferirem das dívidas de aflição para os júbilos do resgate… E a todos os que te reprovam o devotamento e a fadiga, censurando-te a persistência no sacrifício, sabes responder, na mesma reserva de confiança e ternura, com alegria misturada de pranto: “são meus filhos”.
Isso acontece no lar terreno, onde as criaturas humanas, embora imperfeitas, não se resignam a ferretear os próprios filhos com o estigma de escravos…
Imagina, pois, a longanimidade do amor que vibra e reina, infinito, no Lar Divino da Criação!…
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