Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo LXIX

Provação materna

Gritava a nobre anciã, em rede morna e langue:

— Bate, meu filho!… Zurze o chicote a preceito!…

Um servo é igual ao boi que nasceu para o eito…

E o filho, Dom Muniz, deixava o servo em sangue.


Dos salões da fazenda ao derradeiro mangue,

Esculpira a fidalga um carrasco perfeito.

Mas vem a morte, um dia, e leva o filho eleito,

A matrona pranteia e larga o corpo exangue…


No Além, cai Dom Muniz em abismos de prova!…

Aflita, a pobre mãe pede a Deus vida nova,

Quer guardá-lo, outra vez, numa estrada sem brilho…


Hoje, mulher sem lar, definha, a pouco e pouco,

E, aos duros repelões de um jovem cego e louco,

Roga, em pranto de amor: “Não me batas, meu filho!…”




Essa mensagem foi publicada originalmente em 1968 pela FEB e é a 50ª lição do livro “”



Valentim Magalhães
Francisco Cândido Xavier


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