Mãe Antologia Mediúnica

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Capítulo VIII

Mater

Ei-la!… — senhora e serva, entre humana e divina,

Por mais a dor, por dentro, a espanque ou despedace,

Carreia a paz no gesto e o sorriso na face,

Fala e desvenda o rumo, abençoa e ilumina.


Anjo renovador, tem no lar a oficina,

Onde o serviço exclui todo prazer mendace,

Ao seu toque de luz, a esperança renasce,

Suporta, recompõe, trabalha, sofre, ensina.


Mãe, um dia, quis Deus mostrar-se à vida humana,

Fez-te santa e mulher, escrava e soberana,

Vinculada nos Céus, de homenagens prescindes!…


Deus se revela em ti, no amor alto e perfeito,

Por isso, trazes, Mãe, nos recessos do peito,

A ternura sem par e a bondade sem lindes.




Carlos Bittencourt
Francisco Cândido Xavier


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