Capítulo V

Soneto da confiança


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Nenhum nobre ideal jamais floresce

Isento de renúncia desde o início,

Glorificando o próprio sacrifício,

Que em sendo um alto sonho em lutas cresce.


Construir é o mais belo e grato ofício

Do homem que o seu destino reconhece;

Sob a Vontade que jamais fenece,

Erguer no Bem seu íntimo edifício!


Por agitar-se o mar, firme-se o leme!

A mão que sabe confiar não treme,

Por mais que o vendaval o barco açoite.


É passageira a nuvem que ameaça,

Brigue de sombra, sorrateiro, passa,

Pressentindo a Manhã no mar da Noite!




Pethion de Villar
Francisco Cândido Xavier


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