Capítulo X

Perante o dinheiro


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Não condenes o dinheiro que te incentiva os passos na evolução.

Qual acontece à eletricidade ou à força explosiva, o ouro não é bom nem mau em si mesmo, dependendo os seus efeitos da aplicação que lhe conferimos.

Com o homem e com o dinheiro, o Senhor levanta a civilização às culminâncias da luz, mas o homem, às vezes, com desenfreada ambição senhoreia o dinheiro que é fazenda do Senhor e estende o calamitoso poder da sombra, através das guerras que lhe flagelam a vida.

Com o homem e com o dinheiro, o Senhor conduz as nações ao santuário da ciência, emprestando-lhes os talentos da cultura e da arte, mas o homem, geralmente mestre da vaidade, domina o dinheiro que é patrimônio do Senhor e enlameia o caminho da comunidade com as trevas do desequilíbrio e da insensatez.

Com o homem e com o dinheiro constrói o Senhor para a Humanidade, o refúgio doméstico, mas, em muitos lances da vida, o homem com o egoísmo absorve o dinheiro que é propriedade do Senhor e converte o lar em trincheira de ominosas paixões que extravasam em fogueiras de perturbação e ódio.

Com o homem e com o dinheiro ergue o Senhor o templo da justiça, na Terra, mas o homem, com maldade calculada, aprisiona o dinheiro que pertence ao Senhor e com ele fabrica o fel da venalidade com que aniquila a existência dos semelhantes.


Não há maldição no ouro da Terra que é sangue do trabalho e baluarte do progresso, no aperfeiçoamento do mundo, mas sim em nós mesmos quando nos algemamos ao desregramento da ignorância e da delinquência, escravizando-o à nossa inferioridade e às nossas paixões, para adubar com ele as raízes do mal.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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