Capítulo XX

Piedade do verbo


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Não olvides aquela piedade ao alcance de todos, grande e nobre em todos os lances da vida!…

Ampara sem ferir e socorre sem humilhar.

Erguida nos alicerces do perdão claro e simples, ainda mesmo nas horas graves, a piedade é paz e compreensão.

Referimo-nos à piedade do verbo, sem a qual o ouro e o pão da beneficência amargam mais que o fel.

Não te esqueças da palavra que reergue e abençoa e que, sendo amparo e renovação, brilha no mundo à maneira de luz solar.

Fácil será sempre distinguir os fracassos e os erros, as mazelas e as deserções.

Fácil será destacar chagas e cicatrizes, indicando-lhes medicação adequada…

Entretanto, o amor que vem do Alto, levantando almas e vidas, usa o verbo mágico do entendimento que reconforta e restaura.

Grande serás no mundo, repartindo as sobras da mesa e os recursos da bolsa, em favor daqueles que te partilham a marcha humana, no entanto, serás bem-aventurado pela palavra consoladora com que operes a ressurreição das esperanças semimortas.

Em casa ou na via pública, à frente dos homens ou diante da natureza, não condenes onde não possas auxiliar.

Cala a frase impensada, adoça a inflexão de tua voz e conversa auxiliando.

Muitos semeiam moedas e distribuem alimento, diminuindo o tiranizante poder da penúria.

Muitos espalham o alfabeto e a instrução, reduzindo a influência da ignorância. Entretanto, somente pelo verbo compassivo, é que a caridade se faz amor e que a cultura se converte em educação, ante a misericórdia e a justiça de Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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