Mãos Marcadas

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Capítulo XIII

Buril de luz


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Em teus dias de dor,

Recorda, alma querida,

Que a dor é para a vida

Aquilo que o buril severo e contundente,

Entre as mãos do escultor,

É para o mármore sem forma…


Golpe aqui, golpe ali, outro mais e mais outro,

Um corte de outro corte se aproxima,

E o bloco se transforma

Em celeste beleza de obra-prima.


Que seria da pedra abandonada, ao chão,

Triste, bruta, singela,

Se a vida não traçasse para ela

Planos de construção?


Que destino o da argila esquecida e vulgar,

Sem a temperatura desumana,

Que deve suportar

Para ser porcelana?


Enxergaste, algum dia,

Fora das leis da natureza,

O trigo que não fosse triturado

Para ser pão à mesa?


Se alguém te fere e humilha, ama, entende, perdoa

E agradece ao trabalho, a angústia e a prova,

Em que a vida imortal se nos renova,

No anseio de ascensão que nos guia e abençoa…

Alma querida, escuta!…

Para seguir à frente,

Em plena elevação

Sempre mais alta e linda,

Quem não chora, não serve e nem padece ou luta,

Parece tão somente

Um ser espiritual em formação

Que não nasceu ainda…




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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