Mãos Marcadas

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Capítulo XLI

Nossas mãos


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Em verdade, há milhares de mãos maravilhosamente limpas no jogo das aparências…

Mãos que se cobrem de joias valiosas, mas que não se dispõem a partir um pão com o faminto.

Mãos que se agitam, vivazes, na mímica dos discursos comoventes, mas que não descem ao terreno de ação para ministrar uma gota de remédio ao doente.

Mãos que assinam decretos e portarias importantes na administração pública, recomendando a ordem e a virtude para os governados, mas que não hesitam em desmantelar os bens coletivos que lhes foram confiados.

Mãos que escrevem páginas admiráveis de literatura, sob a inspiração da gramática, ornada de tesouros artísticos, e que jamais se preocupam com a prática do verbalismo brilhante que produzem.

Mãos que se movimentam em acervos de moedas e notas bancárias, exibindo poder, mas que não cedem o mais leve empréstimo dos recursos em que se demoram, sem pesados tributos ao irmão que suporta espinhosos fardos em escuros caminhos.

Mãos que indicam aos outros o roteiro da salvação e que escolhem a senda escura da maldição para si mesmas.


Realmente, não te esqueças da higiene de tuas mãos, contudo, guarda vigilância para com aquilo que fazes.

Nossas mãos constituem as antenas de amor que, orientadas pelo Evangelho, podem converter a Terra em domínio da luz.

Deixa que os teus braços se integrem no trabalho da verdadeira fraternidade e serás, desse modo, o instrumento vivo da Vontade Divina, onde estiveres, em favor do reinado da paz e da alegria para o engrandecimento do mundo inteiro.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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