Marcas do Caminho

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Capítulo XVI

Luz no caminho


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Eleva-te na fé, alma querida e boa…

Do caminho em que estás, observa, porém:

Tudo o que se faz luz, ante o Reino do Bem,

É doação de amor que nos serve e abençoa.


Contempla a labareda, entregue à disciplina,

Nos turbilhões de força que a consomem:

É a matéria, ao morrer, escravizada ao homem,

A fazer-se clarão na chama que origina.


A candeia a luzir, nas conquistas que levas,

— Gênio do mundo antigo em mágico produto —

É óleo reprimido em vaso diminuto,

Na renúncia total, ao dissipar as trevas.


A vela a desfazer-se, humilde e acesa,

— Pingo de sol marcando a estrada escura —

É o pavio a esvair-se na clausura

Por agente de auxílio à Natureza.


Toda a eletricidade, em sentido profundo,

Que vibra presa ao fio e se agiganta e brilha,

É poder que se dá, lâmpada e maravilha,

Conquistando o progresso e iluminando o mundo.


Procurando servir nos sonhos teus e meus,

Sejamos nós também, alma boa e querida,

Um caminho de amor no coração da vida

Ligando a vida humana ao coração de Deus.




(C. E. Luz do caminho — Iturama, MG, 23.02.1976)



Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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