Marcas do Caminho

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Capítulo XVIII

Fraternidade


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Transformar o coração

Em pouso que se descerra

Para o serviço na Terra

Eis a tarefa, alma irmã!…

Haja céu de azul e ouro,

Faça aguaceiro violento,

Ao sol, à garoa, ao vento,

Partamos, cada manhã.


Sair de nós, esquecer-nos,

Aproveitando os instantes,

No socorro aos semelhantes

Que clamam em derredor…

Pela mensagem da fé,

Ouve o Céu a conclamar-te,

Pede o mundo, em toda parte,

A paz da vida melhor.


Encontrarás em caminho,

Atados à dor imensa,

Os que perderam a crença

Em rebeldia ou torpor;

De cérebro em luz e treva,

Nobres enfermos da vida,

Tropeçam de alma ferida,

À míngua de paz e amor.


Em outros pontos da estrada,

Por vezes, de canto a canto,

As retaguardas de pranto

Fazem apelos sem voz;

São mães, aguardando apoio,

Sem saberem como e quando,

Crianças tristes em bando

Que se arrastam junto a nós.


Surpreenderás outra mágoa

De pesado e estranho porte,

Dor dos que viram a morte

Roubando a forma de alguém;

São prisioneiros da angústia,

Quase sempre na agonia

De quem roga à pedra fria

A luz que brilha no Além.


Registrarás, onde estejas,

Toda a escala dos gemidos

Em companheiros caídos

Que julgam chorar em vão

E nos irmãos fatigados

De ânimo semimorto,

Suplicando reconforto,

Refúgio e libertação.


Sejamos para quem sofre,

Entre a sombra e o desalinho,

Novo amparo no caminho,

Alívio, socorro e luz;

Doemos auxílio e bênção,

Na Terra insegura e aflita,

Nessa tarefa bendita,

O companheiro é Jesus.




(C. E. Casa do Caminho — Juiz de Fora, MG, 08.05.1976)



Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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