Marcas do Caminho

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Capítulo XXII

Nas provas da senda


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A Natureza, por livro divino da Sabedoria Celeste, ensina, em toda parte, que a persistência é o sinal luminoso da evolução.

O sol não se faz menos brilhante quando ilumina o vasto espelho do deserto sem água.

A flor não esconde o perfume que lhe é próprio, porque surjam emanações pestilenciais do charco que foi situada.

A fonte não cessa de correr porque o leito em que se movimenta se constitua de pedras.

A árvore não recolhe os seus galhos porque os vermes considerados venenosos lhe venham sugar os frutos.

As estrelas fulguram no seio imenso da noite.

A catarata é a força divina da Terra a despenhar-se no abismo.

O pântano drenado é chão proveitoso.


Só o homem dá curso ao desânimo e à desconfiança, ante os reservatórios inesgotáveis da paciência e da bondade divina do Senhor.

Só o homem duvida, dilacera-se, dorme e recua, perdendo, por vezes, benditas oportunidades de elevação para os cimos deslumbrantes da vida. E, na indisciplina e na intemperança, no desespero e na negação a que se entrega, comumente procura fugir ao quadro de obrigações que lhe cabem, mas, ainda que se projete aos confins do Universo, não encontrará senão a si mesmo, com as suas realidades conscienciais, com o impositivo de tudo recapitular e tudo recomeçar, para reaprender e refazer.

Assim pois, em nossas lutas naturais do caminho regenerativo e santificante, aceitemos o cálice de nossas provações, seja qual for, sorvendo-lhe corajosamente o conteúdo, lembrando que nada vale para nós a fuga dos deveres fundamentais que nos competem, porque, em nos afastando dos aguilhões salvadores dentro da vida, estamos simplesmente recusando em vão o programa sagrado de Deus.




(C. E. Luiz Gonzaga — Pedro Leopoldo, MG, 30.04.1951)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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