Marcas do Caminho
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Desponta o Século Vinte No berçário da Esperança, Grita o Céu ao mundo — avança!… Pede a Vida — renascer!… O Homem — antigo ouvinte, Recolhera dos milênios A safra de nobres gênios, Dumont, Edison, Pasteur… Repousara no Oriente A espada altiva de Togo, Havia cessado o fogo Aos ímpetos do Japão; Rebrilha a Paz renascente… Com lâminas de atalaia, Os povos juntos em Haya Procuram renovação. No entanto, eis de novo a luta, No assalto de Serajevo, Retoma o mundo medievo, É o ódio empestando o ar… Guerra! — é o brado que se escuta E ante esse grito violento, Sobre cinza e sofrimento, O Mundo ordena — marchar!… O dragão prossegue acima, — Catástrofe que se move — E o monstro de Trinta e Nove Ninguém sabe descrever; Grite o solo de Hiroshima, Falem as bombas e obuzes, Urrando em sinistras luzes, Na terra em brasa a tremer. Mas, no imenso torvelinho, O Brasil alto e seguro É o crédito do futuro, Apoio renovador… Ei-lo! — a Nação é caminho Que sustenta o Bem por regra E o povo unido se integra Na segurança do Amor. Dias torvos vão passando… Sem que a treva nos degrade, Sobre o País da Bondade Fulge o símbolo da cruz!… As nações clamam em bando: — “Onde encontrar novo abrigo? Quem nos salva do perigo?” Responde o Brasil: “Jesus”. |
(C. E. União — São Paulo, Capital, 18.10.1977)
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