Marcas do Caminho
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Após um milênio em Cristo, Ante Basílio Segundo, A guerra flagela o mundo Em fúria descomunal; Sob esplendor jamais visto, Byzâncio governa os povos, Despontam séculos novos Na cúpula ocidental. Apesar da austera soma De vandalismos transatos, De abusos e desacatos, A Cruz assinala as leis; Eugênio Terceiro, em Roma, Prega a Cruzada Latina, A guerra santa domina Comunidades é reis. O conflito segue acima, A combates desumanos, Irmãos se fazem tiranos, Perde a vida o Rei Luiz; A luta cruel dizima Populações desoladas E o Tempo arquiva as Cruzadas Da Cristandade infeliz. Da idade Média a que assiste, Dante aponta a Renascença, Gutemberg traz a imprensa, Da Vinci é Arte e Invenção; A América surge à vista, O feudalismo se move, A França de Oitenta e Nove Atiça a Revolução. O milênio atormentado Vibra ao signo da guerra, Fulge o cérebro na Terra O coração pede luz; Treva e ambição, lado a lado, Avançam buscando a frente, Embora em tudo se ostente O lábaro de Jesus. Dez séculos, na balança, O Tempo agora perfaz… E o mundo grita: “onde a paz Depois do marco dois mil”? E enquanto o Progresso avança, O Céu, aos sóis do Cruzeiro, Responde, ante o mundo inteiro, Um nome apenas : “Brasil”!… |
(C. E. União — São Paulo, Capital, 06.10.1978)
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