Maria Dolores
Versão para cópiaMensagem de Mais Alto
Ao Espírito Sábio que encontrara Nas Alturas Imensas, Porque me perguntara Se vinha para a Terra, Dei a resposta, afirmativamente, E indaguei, reverente, Se ele algo queria que eu fizesse Algum aviso, alguma prece, Algum recado salvador… Mas aquele Celeste Mensageiro Fitou, ao longe, as paisagens terrenas Abraçou-me, fraterno e disse apenas: — Se vais de novo ao mundo, Dize aos nossos irmãos Para unirem as mãos No serviço do bem. Irmã Dolores, vai! Onde encontres problemas, Fala em Jesus e nada temas. Onde escutes a voz que amaldiçoa, Pronuncia com Cristo a frase que perdoa… Dize aos nossos irmãos que o ódio tudo atrasa, Quando nos empenhamos à melhora, Impondo a nós, em nossa própria casa, Em formas diferentes, Pela reencarnação, Inimigos ousados e doentes, Aos quais não desculpamos noutras eras… Recorda aos companheiros ofendidos Que mais vale chorar, com feridas abertas Que alardear poder ao pé dos agressores Que passam sobre a Terra, esmagando os vencidos Nas estradas incertas, Se alguém clama que sofre Não vaciles dizer Que mais vale aguentar e padecer Pedrada, provação, calúnia e insulto, Qualquer espécie de suplício oculto Que condenar alguém, Porque a Justiça nasce Mais Além E tudo acertará, de segundo a segundo, Sem que ninguém precise Aumentar no caminho as tristezas do mundo… Onde encontres o espinho da amargura Fala em trabalho, a força da esperança, Que olvida o lodo e fita, além, na Altura, A presença de Deus no sol que não descansa E ampara a qualquer um sem deter-se no mal… Vai, Dolores, e dize a toda angústia humana, Que a vida, além da morte, brilha soberana, Sempre justa e sublime, amorosa e imortal. Nisso, desci à Terra, entre os amigos, A fim de repetir, repleta de alegria, Alma irmã, prossigamos, dia a dia, Pela fé viva e ardente caminhemos, Procurando servir e compreender Como simples dever, Porque nos Páramos Supremos, Alguém nos vê, alguém nos fala e vela, Para que a nossa estrada Venha a ser cada vez mais brilhante e mais bela, E que, um dia, por fim, a nossa própria dor Há de se converter em divina alvorada, Entre a bênção da Paz e a grandeza do Amor. |
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