Mensagem do Pequeno Morto

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Capítulo XIV

Ensinamentos

Naturalmente, você perguntará como se desenvolvem nossos trabalhos escolares e, de antemão, posso responder-lhe que os serviços dessa natureza, em nossa vila espiritual, são quase idênticos aos de um estabelecimento de ensino na Terra.

Temos material didático, em quantidade variada e enorme, inclusive livros e cadernos de exercícios. O sistema de ação dos professores, porém, é bastante diverso. Não somente ensinam: guardam, confortam, orientam.

Acho-me, por exemplo, num curso de bom comportamento e retificação sentimental.

Noto que os instrutores não se descuidam da parte intelectual propriamente dita, preparando-nos o conhecimento das condições alusivas à vida nova em que nos encontramos.

Para isso, valem-se das realizações que já edificamos na Terra. Não nos perturbam com revelações prematuras, nem com demonstrações suscetíveis de alterar o equilíbrio de nossas emoções. Tomam, como ponto de partida, as experiências que já adquirimos e ajudam-nos a desenvolvê-las, gradualmente, sem ferir-nos os raciocínios mais agradáveis.

Tenho a impressão de que os orientadores daqui recebem-nos os conhecimentos terrestres como sementes dos conhecimentos celestiais. Em razão disso, não nos esmagam com a exposição maciça da sabedoria de que são portadores. Cercam-nos de cuidados e carinhos especiais, para que as nossas faculdades superiores germinem e cresçam.

O que assombra, porém, é a vigilância paternal que os abnegados orientadores desenvolvem junto de nós, no sentido de despertarem nossas ideias mais elevadas.

Nesse propósito, o curso de introdução às aulas superiores está cheio de temas relativos à melhoria espiritual que nos compete atingir. Longas horas são aproveitadas no exame atencioso de interrogações como estas:

— Que pensamos acerca do Cristo?

— Como recebemos os favores da Natureza?

— Que fazemos da vida? quais os objetivos de nosso esforço pessoal?

— Que concepção alimentamos, relativamente ao tempo e à oportunidade?

— Quais são as diretrizes dos nossos pensamentos?

— Estaremos utilizando para o bem os instrumentos e as possibilidades que o Senhor da Vida nos confiou?


Semelhantes temas, examinados inicialmente por nossos professores, em proveitosas aulas de renovação espiritual, dentro das quais nos confessamos uns aos outros através de comentários serenos e francos, fazem luz sobre nós mesmos, revelando-nos aos olhos a extensão de nossas necessidades, pelo egoísmo, pela indiferença e ociosidade em que temos vivido desde muito nos círculos terrestres.


Carlos
Neio Lúcio


Carlos
Francisco Cândido Xavier


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