Moradias de Luz

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Capítulo X

Supérfluo


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Por toda parte da Terra, vemos o fantasma do supérfluo enterrando a alma do homem no sepulcro da aflição.

Supérfluo de dinheiro gerando intranquilidade…

Supérfluo de posses estendendo a ambição…

Supérfluo de preocupações imaginárias, abafando a harmonia…

Supérfluo de indagações empanando a fé…

Supérfluo de convenções expulsando a caridade…

Supérfluo de palavras destruindo o tempo…

Supérfluo de conflitos mentais determinando a loucura

Supérfluo de alimentação aniquilando a saúde…

Supérfluo de reclamações arrasando o trabalho…


Entretanto, se o homem vivesse de acordo com as próprias necessidades, sem exigir o que ainda não merece, sem esperar o que lhe não cabe, sem perguntar fora de propósito e sem reprovar nos outros aquilo que ainda não retificou em si mesmo, decerto, a existência na Terra estaria exonerada de todos os tributos que aí se paga [quase] diariamente à perturbação.

Se procuras no Cristo o mentor de cada dia, soma as tuas possibilidades no bem, subtrai as próprias deficiências, multiplica os valores do serviço e da boa vontade e divide o amor para com todos, a fim [de que os que te cercam] de que aprendas com a vida o que te convém realmente à própria segurança.

O problema da felicidade não está em sermos possuídos pelas posses humanas, quaisquer que elas sejam, mas, em possuí-las, com prudência e serenidade, usando-as no bem de todos que é o nosso próprio bem.

Alija o supérfluo de teu caminho e acomoda-te com o necessário à tua paz.

Somente assim encontrarás em ti mesmo o espaço mental indispensável à comunhão pura e simples com o nosso Divino Mestre e Senhor.




O conteúdo acima, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], consta de uma mensagem publicada originalmente em 1971 pela editora GEEM e é a 12ª lição do livro “”.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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