Moradias de Luz

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Capítulo XVIII

Sobre a dor

Suporta calmo a dor que padeceres,

Convicto de que até dos sofrimentos,

No desempenho austero dos deveres,

Mana o sol que clareia os sentimentos.


Tolera sempre as mágoas que sofreres,

Em teus dias tristonhos e nevoentos;

Há reais e legítimos prazeres

Por trás dos prantos e padecimentos.


A dor, constantemente, em toda a parte,

Inspira as epopeias fulgurantes,

Nas lutas do viver, no amor, na arte;


Nela existe uma célica harmonia

Que nos desvenda, em rápidos instantes,

Mananciais de lúcida poesia.





Essa mensagem foi publicada também em 2010 pela editora VL e é a 29ª lição da 2ª Parte do livro: “”



Cruz e Souza
Francisco Cândido Xavier


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