Na Hora do Testemunho

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Na Hora do Testemunho


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A crista do galo marca,

ponteiro do desafio,

a hora amarga da Arca

— profanação de gentio.


Sangue e fogo no esplendor

da aurora de um novo dia.

Pilatos lava o favor

nas águas da covardia.


Canta o galo, canta o galo,

terceira vez ele canta.

Pedro sente trespassá-lo

três golpes de espada santa.


Pesqueiros da Galileia,

num mar de cinza e de rosa,

lembram no céu da Judéia

a pesca miraculosa.


A hora da Loba — Roma

que devorou os rabinos.

Ninguém a vence nem doma

no entrançar dos destinos.


Na hora do testemunho

rompe-se o véu do sacrário.

Tremem as mãos sobre o punho

da espada do legionário.


Na amargura e na mudez

da noite das agonias,

Pedro chora a sua vez

e ouvem-se litanias.


A Loba dorme saciada

digerindo os seus rabinos.

Sobre a túnica sagrada

completam-se os desatinos:


— O esquadrão legionário

joga dados no Calvário.



Rudmar Augusto
Francisco Cândido Xavier


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