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CAPÍTULO 36

A MISSÃO DO ESPERANTO

No cômputo das transformações por que passa o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com vistas ao porvir da Humanidade.

Se por toda a parte observamos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplamos também as atividades do exército de operários das edificações do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo, dispersas nas estradas terrestres, mas procurando ajustar as suas diretrizes.

São esses, sim, os artífices do progresso divino. Empunham o alvião formidável de fé, confiando, acima de tudo, n’Aquele que é a luz dos nossos destinos. No acervo desse aparelhamento de energias renovadoras, objetivando o vindouro milênio, quero referir-me ao Esperanto, abraçando fraternalmente o nosso irmão que se constituiu pregoeiro sincero da sua causa, obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes do plano espiritual.


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A língua auxiliar é um dos mais fortes brados pela fraternidade, que ainda se ouve nesse planeta empobrecido de valores espirituais, neste instante de isolacionismo, de autarquia, de egoísmo coletivo e de nacionalismo adulterado.

O exemplo da Europa moderna nos faculta uma ideia dessa penosa situação. Todos os povos têm seus advogados entusiastas que, com orações ardorosas, justificam estas ou aquelas medidas de seus governos. As nações são grandes tribunas, onde cada um fala de si mesmo, humilhando as conquistas do irmão. Cada um aplaude todo crime político, desde que seja praticado dentro de suas fronteiras. Entretanto, a grande Europa, essa entidade maternal e sublime, que cooperou para o aperfeiçoamento da humanidade, que instruiu e educou, elevando o espírito do mundo, essa não tem advogados, não dispõe de uma voz que externe os gemidos de seu coração dilacerado, porque as fronteiras lhe dividiram todos os filhos, estabelecendo separações de areia e aço, transformando-a num deserto triste de corações, onde não existe a fonte do amor, para reconfortar as almas.

Sim, nesta hora, o Esperanto é uma força que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a permuta dos valores universais do pensamento, em forma universalista...

Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar na Terra o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos...

Todo esse esforço é de fraternidade legítima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as esperanças do nosso e irmão presente, que lhe santifique os esforços e os de seus companheiros na tarefa que lhes foi deferida pelas forças espirituais, deixo-vos a todos os meus votos de paz, aguardando para todos nós, discípulos humildes do Cristo, a bênção reconfortante do seu amor.


EMMANUEL

* A fim de não aumentarmos muito as dimensões deste volume, somos forçados em alguns lugares a dar somente os pontos essenciais da mensagem - A Editora.




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