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CAPÍTULO 63

NO CALVÁRIO DA LUZ

Deixa que a Dor te rasgue o peito, ao grito Da angústia extrema que te prende e enluta!

O buril que lacera a pedra bruta Guarda o poder tirânico e bendito.

Infortunado, mísero, proscrito, Segue, de pés sangrando, sob a luta, De fronte iluminada e face enxuta, Prelibando a grandeza do infinito...

Avança à frente, moribundo embora, Cultivando a bondade que aprimora, De alma oprimida a soluçar, de rastros...

Louva o crisol da desventura humana Que a Vida Pura reina, soberana, No roteiro mirífico dos astros.


CRUZ E SOUZA




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