Novos Horizontes
Versão para cópiaNeide Della Nina
“Não perdi o bom humor e sim aprendi a assimilar novos modos de expressão. Não devo escrever brincando para que eu não pareça irresponsável. Contar o que experimento com alegria, mas sem alegria demais, de maneira a não escandalizar a quem me leia.”
Graciosa maneira de identificar a responsabilidade espiritual sem perder o direito de se expressar.
Dinha aponta em sua carta à amiga Dra. Beatriz Pinto, a beleza da cidade em que se encontra, e afirma que não está mudada em sua personalidade e, sim, mais preparada. Que os ensinamentos aprovados na Espiritualidade resultam da aplicação constante da bondade e da vontade de servir com a discrição possível para não escandalizar os Espíritos reunidos no Mundo Físico.
Ainda uma vez recorremos à colaboração da Dra. Beatriz Pinto, para que ela pudesse nos dar algum apontamento da personalidade de Dinha, o que nos informou:
“As pessoas que conviveram com Dinha jamais irão esquecê-la. Foi uma mulher linda, carismática e bastante temperamental. Era muito falante e brincalhona e assim atraia a atenção de todos pela sua graça e maneira de se expressar. Foi muito vaidosa e convencida de sua beleza. Nos últimos tempos de sua existência espiritualizou-se muito e se despiu totalmente de sua vaidade.”
Pela convivência dessas amigas, constataremos na carta de Dinha a confirmação de sua personalidade, colocando a mensagem espiritual como verdadeiro lenitivo para reconforto do Espírito carente da paz e da fé que eleva a compreensão de que Deus é o nosso roteiro de saber e de amor.
Mensagem: 30 de julho de 1992.
Amiga: Beatriz Pinto
Rua Laguna, 237/333 — Santo Amaro — CEP 04728-000 — São Paulo — SP.
Filhas: Mônica Della Nina — Ana Cláudia Della Nina — Ana Paula Della Nina.
Amiga: Maria Eugênia
Neide Della Nina
Nascimento: 10 de novembro de 1941.
Desencarnação: 17 de fevereiro de 1992.
Querida Bê, Deus nos abençoe a todos.
Estou melhorada por frequentar uma escola de readaptação. Os professores são diversos e os companheiros são muitos.
Quero falar a você que não estou mudada e, sim, mais preparada a fim de escrever como manda o figurino daqui.
A cidade em que me encontro é de grande beleza e sinto não dispor aqui de sua companhia para apreciarmos juntas quantas novidades me rodeiam.
Estou satisfeita ao ver nossa Maria Eugênia em sua companhia.
Aqui me ensinam que devo falar sem qualquer pitada de humor, para que a minha palavra seja construtiva; colocar atenção na linguagem, de modo a ser compreendida por nosso filho e por nossos filhos.
Conscientizar-me de que estou escrevendo para alguém, com a força de distribuir os meus pensamentos. Escolher as maneiras de dizer aquilo que desejo, sem frases desnecessárias.
Contar o que experimento com alegria, mas sem alegria demais, de maneira a não escandalizar a quem me leia.
Entender que as minhas amizades estão no Mundo Físico onde todos os comunicados daqui são aprovados pelo bem que se possa fazer. Devo comunicar o que construa elevação nas pessoas aí e não fornecer a ideia de estar num circo.
Isso tudo é ensinado com bondade para que não sejamos incompreendidos no mundo dos homens. Não perdi o bom humor e sim aprendi a assimilar novos modos de expressão.
Não devo escrever brincando para que eu não pareça irresponsável. Os professores me dizem que é muita gente para reconhecer que estou enviando observações aos amigos.
E isso, graças a Deus, eu já sei porque sempre zelei pela felicidade de minhas filhas e aproveito o assunto para você pedir à nossa Cláudia que não desejo vê-la triste.
A Terra é uma região em que muito se sofre para aprender e precisamos aceitar essa verdade, procurando amenizar as provações dos outros.
Bê, você me desculpe se falei expressando-me com graça que provoque admiração naqueles que nos leiam os comunicados e, sim, escrevemos para o bem de todos.
Devo ser espontânea, mas não tanto que outras pessoas me analisem acreditando que se possa fazer aqui tudo o que a gente quer, mas sim reconfortar os que sofrem e espalhar esperança naqueles que já perderam até a confiança em Deus.
Penso que hoje estou escrevendo na condição de pessoa agradável, mais séria como necessito ser.
Sei que você me quer bem como eu sou, no entanto, para afirmar que sinto tanto amor a você, não preciso colocar pensamentos de bom humor na cabeça dos outros.
Muitas lembranças a todos os corações ligados aos nossos e receba você um abração de sua,
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