Orvalho de Luz

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Capítulo XIX

Ramo de amor e saudade


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O amor que ilumina a gente

Não olha passado escuro.

É um facho de luz ardente

Em marcha para o futuro.


Amor que ao perdão se ajusta

Ao brilhante mal comparo,

Quanto mais brilha, mais custa,

Quanto mais belo, mais raro.


Amor que mágoas arrosta

Sofre tudo, sempre amando…

Paixão afirma que gosta

Mas não se sabe até quando…


O amor, se podes fruí-lo

Com serviço à Humanidade,

Recorda um rio tranquilo

No rumo da Eternidade.


No Além, a dor que me invade,

Que instrui mas não asserena,

É a saudade da saudade

Que nunca valeu a pena.


Amor — o sol que se reparte,

Por santos, crentes e ateus —

Mostra ser, em toda parte,

A onipresença de Deus.




Toninho Bittencourt
Francisco Cândido Xavier


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