Páginas de fé
Versão para cópiaNo problema da dor
Para liquidar o problema da dor, ninguém deprecie a responsabilidade que lhe compete.
O Universo é regido pela Justiça Divina, e, nos tribunais do Perfeito Equilíbrio, todo sofrimento é resgate entre as criaturas, quando não seja luminosa missão de amor dos Espíritos angélicos.
Para ilustrar o conceito, recordemos que as doenças no mundo requerem medidas especiais.
O embaraço gástrico pede medicação laxativa.
A arteriosclerose exige tratamento adequado.
A apendicite reclama a intercessão operatória.
A escabiose aguarda recurso balsamizante.
O carcinoma pede extirpação e limpeza.
A loucura roga amparo e insulamento.
Para a legião das moléstias comuns, surge todo um exército de especialistas e enfermeiros, socorros e intervenções.
Assim também, na 5ida Espiritual, cada consciência culpada que lhe alcança os domínios pelos braços da morte, implora a assistência na farmácia da vida.
A dor é procurada como remédio valioso e a reencarnação é o caminho em que deve ser encontrada.
Quem abusou da fortuna material, pede a cooperação da extrema pobreza.
Quem relaxou a saúde, clama pela enfermidade como medida capaz de garantir-lhe o reajuste.
Quem se arrojou à delinquência, na alucinação da beleza física, pede o corpo disforme que lhe assegure o retorno à tranquilidade.
Quem aviltou a inteligência, suplica as inibições mentais do cérebro curto, como serviço indispensável à própria restauração.
Quem se valeu do poder para espalhar aflições e lágrimas, requisita a desvalia social com problemas difíceis em que lágrimas e aflições lhe regenerem o campo íntimo.
Recebe, pois, o tipo de experiência que escolheste na Terra, em benefício de tua própria recuperação para Deus, sem desfalecer no trabalho que a Justiça te reservou.
Acolhe a dor e a luta por sábias instrutoras da vida e não lhes menoscabes o concurso santificante.
A sombra de ontem te procura o asilo de hoje e somente ao preço de teu sacrifício na tarefa redentora, pelo próprio dever bem cumprido, é que atingirás, valoroso e feliz; a Plena Luz de Amanhã.
(Psicografia de Francisco C. Xavier)
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