Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

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Capítulo CCCXLIX

Oração do dinheiro

Senhor! No concerto das forças que Te desejam honrar, eu também sou Teu servo.

Por me atribuíres o dever de premiar o suor e sustentar o bem, como recurso neutro de aquisição, ando, entre as criaturas, frequentemente, em regime de cativeiro.

Muitas delas me escravizam para que eu lhes compre ilusões e mentiras, prazeres e consciências.

Noto com mais nitidez minha própria tarefa, cada vez que escuto alguém no caminho; entretanto, quase sempre, estou preso…

Que fiz eu, Senhor, para viver encarcerado no sombrio recinto do cofre, como se eu fora um cadáver importante no esquife trancado da inércia?

Ensina aos que me guardam sem proveito que sou o sangue do trabalho e do progresso, da caridade e da cultura e auxilia-os para que me libertem.

Quase todos eles procuram estar contigo, através da oração, nos templos que abraçam.

Dize-lhes na prece que sou a esperança do lar sem lume…

Fala-lhes que posso ser o conforto das mães esquecidas, o arrimo dos companheiros caídos em provação, o leite devido aos pequeninos de estômago atormentado, o remédio ao enfermo e o lençol generoso e limpo dos que se avizinham do túmulo…

Um dia, alguém Te apresentou moeda humilde, empenhada ao imposto público para que algo dissesses e recomendaste fosse dado a César o que é de César.

Muitos, porém, não percebem que Te reportavas ao tributo e não a mim, e julgando que a Tua palavra me condenasse, lançaram-me ao desprezo…

Não ignoras, contudo, que nasci para fazer o melhor e, esteja eu vestido de ouro ou de simples papel, sabes, Senhor, que eu também sou de Deus.



(Psicografia de F. C. Xavier)



Meimei
Francisco Cândido Xavier


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