Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

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Capítulo CCVII

Mediunidade e nós


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Nem sempre conseguirás materializar os amigos da Vida Maior para satisfazer a sede de verdade que tortura a muitos de nossos companheiros na Terra, mas sempre podes substancializar essa ou aquela providência suscetível de prodigalizar-lhes tranquilidade e consolação.

Nem sempre sonorizarás a voz de desencarnados queridos para reconforto dos que choram de saudade no mundo; no entanto, sempre podes articular a frase calmante que lhes transmita encorajamento e esperança.

Nem sempre obterás a mensagem de determinados amigos que residem no Mais Além, para a edificação imediata dos que sofrem no Plano Físico; entretanto, sempre podes improvisar algum recurso com que se lhes restaurem a energia e o bom ânimo.

Nem sempre lograrás a cura de certas enfermidades no corpo de irmãos padecentes; todavia, sempre podes lenir-lhes o coração e aclarar-lhes a alma, com o apoio fraterno, habilitando-lhes a mente para a cura definitiva do Espírito.

Nem sempre te evidenciarás como sendo um fenômeno, mas sempre podes, em qualquer tempo e lugar, erigir-te em auxílio.


Médium significa intérprete, medianeiro. E dar utilidade à própria vida, transformando-nos em apoio e bênção para os demais, é ser médium do Eterno Bem, sob a inspiração do Espírito sublime de Jesus-Cristo — privilégio que cada um de nós pode ter.




(Brasil espírita, julho 1971, página 1)



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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