Palavras Sublimes

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Capítulo XLI

Lembrança

Ismael, Deus te abençoe,
Trazendo-te ao coração
Os júbilos do trabalho
Em luzes de redenção.


Nunca julgues que te esqueço.
No altar de minhas lembranças,
Vives sempre nas saudades
Do meu jardim de esperanças.


Ah, meu querido, o sepulcro
Não passa de mero umbral
Que se dirige ao país
Da vida espiritual.


Embora a beleza augusta
Da morada que me abriga,
Sinto falta da ternura
De tua bondade amiga.


A morte que nos transforma,
Que alivia a nossa dor,
Não aniquila a saudade
Nem apaga o nosso amor.


Quando Jesus me permite,
Relembro, sempre ao teu lado,
Nossas flores de outro tempo,
Nossas lutas do passado.


Nas bênçãos de teu trabalho,
À luz da meditação,
Recebo-te os pensamentos
E dou-te o meu coração.


Como vês, as nossas cartas,
Nossa velha convivência,
Continuam sempre ativas
Em santa correspondência.


Não sofras, nem desanimes
Nos serviços da verdade.
Deus ampara os teus labores
De paz e fraternidade.


que o Cristo amado
É o sol que nos ilumina.
E lembra que estamos unidos
No lar da união divina.





Reformador — Maio de 1943.


Segundo consta do original, o soneto foi psicografado em sessão pública, sem referência de data, do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, e dirigido a Ismael Gomes Braga, presente na ocasião. O Espírito comunicante era seu tio e amigo íntimo.



Abel Gomes
Francisco Cândido Xavier


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