Palavras Sublimes

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Capítulo LXV

Voz do túmulo


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Ante o negrume do jazigo aberto,
Interroguei, chorando, ansioso, um dia:
— Onde guardas o monstro que me espia,
Gemendo à espreita do meu passo incerto?

Maldito sejas, leito recoberto
De miséria de angústia e de agonia!
Onde acabas, garganta escura e fria,
Sob o pavor da morte que vem perto?


Mas, divina e triunfal, no mesmo instante
Uma voz respondeu do abismo hiante:
— Foge ao tremendo engano que te invade!


No paço estreito destas sombras mortas,
Escondo o brilho das divinas portas
Que abrem a glória da imortalidade!





Reformador — Dezembro de 1948.



Antero de Quental
Francisco Cândido Xavier


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