Palavras Sublimes

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Capítulo LXVIII

Espiritismo com Jesus é amor


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Meus amigos, muita paz.

O Espiritismo abraçará o Evangelho do amor na renovação das criaturas ou jamais passará de simples movimentação intelectual para transposição de ideias. Somos atualmente defrontados não só pelos imperativos da revelação que reajuste a vida, mas, sobretudo, pelas exigências da caridade fraternal que projete nova luz no caminho evolutivo. Não bastará comentar a verdade e estendê-la. É necessário orientar-lhe os impulsos na estrada santificante do bem.

Não faltam, mesmo aqui nos Círculos que a morte do corpo nos descerra à visão deslumbrada, inteligências primorosas que se filiam à pesquisa e à indagação, convertendo-se, lamentavelmente, em fontes discutidoras no seio das quais os patrimônios do tempo se perdem à revelia das responsabilidades que nos assinalam os destinos diante da Eterna Bondade. Presidem a conclaves em que as polêmicas assumem caráter ruinoso e destrutivo, ou semeiam a discórdia e a incompreensão, atrasando a marcha de valorosos companheiros, distraídos no duelo das palavras brilhantes.

Cedo ou tarde, porém, a realidade modifica a paisagem que nos acolhe em variados ângulos da Terra e entendemos, enfim, que o nosso ministério fundamental com o Cristo é de união pacífica e solidariedade redentora. A sombra não desfaz a própria sombra. Uma ferida não cura outra ferida. Golpes dilatam golpes. Violência acende violência, tanto quanto o fogo desenvolve a fogueira.

Ofereçamos clima propício à germinação das sementes divinas que repousam em nós mesmos, fazendo brilhar a luz suscetível de irradiar-se das nossas próprias vidas.

A Terra, nossa velha e abnegada mãe comum, não se consome nas horas aflitivas do presente, à míngua de instrução e conhecimento.

Em tempo algum da evolução planetária, a Matemática, a Estatística e a História imperaram com tamanha força nos enunciados e manifestações da ciência, da filosofia e da religião dominados pelo raciocínio. Mas em civilização alguma do passado o homem vagueou na crosta do mundo tão desconfiado e tão triste, tão descrente de si mesmo e tão desiludido de socorro e esperança.

Desintegra o átomo e destrói-se. Desce aos abismos do mar e sobe aos píncaros das nuvens, entretanto, erige o cenotáfio das próprias grandezas no campo da guerra a que o esforço laborioso dos séculos se reduz a miseráveis punhados de cinzas.

Irmãos, iluminado é o caminho, seguro o roteiro!

Perdoaremos setenta vezes sete cada dia, amaremos aqueles que nos perseguem e caluniam, emprestaremos sem retribuição, trabalharemos sem propósitos de recompensas! No imediatismo da experiência humana, negar-nos-emos na expressão egoística da personalidade para tomar a cruz do sacrifício de antigas fraquezas e deploráveis ilusões, acompanhando o Senhor no abençoado calvário de nossa própria redenção, ou lavraremos, por nós mesmos, a sentença condenatória que nos marcará o caminho!

que auxilia, reanima, esclarece, ajuda e salva! Fora de semelhante padrão, permaneceremos sempre na direção do reino escuro de nossos velhos dissídios, criando e exterminando as nossas próprias obras, Espíritos endividados e endurecidos, em oportunidades quase mortas, gravitando, por nossa infelicidade, em derredor de séculos mortos.




Reformador — Julho de 1949.

Consta do original a informação de que a mensagem foi psicografada em 13 de maio de 1949, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.



Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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