Palco Iluminado
Versão para cópiaAlimentos e animais
Meu caro Neca da Silva Depois de suas andanças, Em pocilgas e currais, Eis que você me pergunta Se vale a pena comer A carne dos animais. Você faz notas, a jorro, Nos comentários do assunto, Diz que viu gente vendendo Carne de gato e cachorro. Demonstrando grande susto, Indaga você com asco Se esse hábito é justo Mesmo em festas com churrasco. Você sabe: enquanto a gente Está no mundo, afinal, Quase ninguém, dá valor À existência do animal. Comemos, com desrespeito, Cobras, macacos, cabritos, Carneiros em profusão, Que morrem chorando aflitos; Trinchamos bois às manadas E pobres vacas doentes Que tombam desesperadas. Devoramos caititus, Jacarés, ratos do campo, Tamanduás e tatus. O amigo Juca Mendonça, Em sua casa no sítio, Adora carne de onça. De rãs e leitões gorduchos, É sempre grande a procura, E há quem estime a farofa Com bumbuns de tanajura. Dessa prática em geral, De agressão a tantas vidas, Vão surgindo em toda parte Moléstias desconhecidas. A solução do problema Para nós está no escuro; Esperemos vida nova Que apareça no futuro. Quanto ao mais é paciência… Depois proteja os animais, Calma é remédio bem-vindo. O homem faz a matança E as doenças vão seguindo… |
Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 12.
Para visualizar o capítulo 12 completo, clique no botão abaixo:
Ver 12 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?