Palco Iluminado

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Capítulo XVIII

Fofoca


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Desde Duque de Caxias,

Dona Ofélia estava em pranto,

No ônibus de carreira

Repleto por todo canto.


Junto dela, estava o esposo,

O Professor Irineu.

Um amigo que se aproxima,

Após saudá-los, pergunta:

— “O que foi que aconteceu?

Dona Ofélia assim chorando?”

O professor aclarou:

— “Ela chora com razão,

O nosso Prata morreu…”


— “Qual foi a causa da morte?

Disse o amigo tristemente,

E o professor respondeu:

— “Ele morreu de repente.


O outro era o amigo Pedro

Que consolou a senhora:

— “Não chore assim, Dona Ofélia,

Todos nós temos um tempo

De partir, em nossa hora…


Dona Ofélia, confortada,

Chorou mais. Fez um salseiro,

Esclarecendo que o morto

Fora um nobre companheiro.


Pedro afastou-se, buscando

Um colega do caminho,

E contou-lhe: “Eis que perdemos

Um excelente vizinho…


O amigo quis a notícia

Mais fiel e mais exata.

Dona Ofélia era sobrinha

Do bilionário João Prata.


Logo após, foi a notícia

— Manchete esquisita e louca

Guardada por muita gente,

Entregue, de boca em boca.


Quando Irineu e senhora

Desceram do coletivo,

Pedro estava junto deles,

Caminhando de olho vivo.


No elegante palacete,

Foram os três recebidos,

Por Dona Marina Prata

Em lágrimas e gemidos.


Então é que Pedro soube

Que o morto de nome “Prata”

Era a joia da família,

Um cãozinho “vira-lata”.




Jair Presente
Francisco Cândido Xavier


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