Passos da Vida

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Capítulo XXXI

Sombra


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Não é o ouro que avilta.

É a sombra do egoísmo em forma de avareza.


Não é a propriedade que encarcera.

É a sombra do egoísmo em forma de ambição.


Não é o poder que perturba.

É a sombra do egoísmo em forma de tirania.


Não é a ciência que resseca as fontes do sentimento.

É a sombra do egoísmo em forma de vaidade.


Não é a afeição que degrada.

É a sombra do egoísmo em forma de cativeiro.


Não é a força que desequilibra.

É a sombra do egoísmo em forma de violência.


Não é a autoridade que envilece.

É a sombra do egoísmo em forma de opressão.


Não é o ponto de vista que isola.

É a sombra do egoísmo em forma de intolerância.


Não é o descanso que prejudica.

É a sombra do egoísmo em forma de ociosidade.


Não é a despesa que arruína.

É a sombra do egoísmo em forma de excesso.


Lícita é a lei do uso, em todas as províncias da vida, mas, em todas as províncias da vida, a lei do uso pede simplicidade e ponderação.

A árvore que produz milhares de frutos absorve da gleba tão somente o indispensável à própria existência.

O rio, que fecunda o solo, transpondo léguas e léguas para atingir o oceano, satisfaz-se com a faixa de terra em que se lhe demarca o leito preciso.

Na sustentação da própria felicidade, aprendamos a tomar do mundo apenas o necessário à paz da consciência tranquila, no cumprimento exato do dever que as circunstâncias nos assinalam, porque, se o amor desinteressado é a luz de Deus a envolver-nos, em toda parte, o egoísmo, seja onde for, é a sombra de nosso Espírito endividado, enquistando-nos alma e sonho na carapaça do “eu”.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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