Poetas Redivivos

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Capítulo VII

Desencarnação


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…E desperto, extasiado, entre a praia e a montanha…

Porque mais claro o céu, porque mais verde o mar?

O mundo em derredor é um castelo a brilhar,

Entre ogivas de prata a lua se emaranha…


Cantam vagas na areia uma balada estranha,

Guardo, alerta e feliz, o dom de reencontrar

O berço, a meninice, a voz do antigo lar,

A poesia do amor que me inspira e acompanha!…


Insone, torno ao quarto, e vejo-me deposto,

Rígido o corpo inerte, a palidez no rosto…

Será isto, Senhor, o pesar de morrer?!…


Vida, que me trouxeste à morte malsofrida,

Morte, que restituis meu coração à vida,

Quero partir, mudar, renovar, esquecer!…




Olegário Mariano
Francisco Cândido Xavier


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