Poetas Redivivos
Versão para cópiaCaso de morte
IA morte que vem à vida Na força do Eterno Bem É visita inesperada Que não faz mal a ninguém. Na criatura cansada De doença ou provação, Ela aparece na estrada Por doce libertação. Mas a morte provocada, Por mais que a luta nos doa, É fruto amargo no tempo Que estraga qualquer pessoa. Quem pede para morrer Sem calma e fé, a contento, Na hora solicitada Encontra arrependimento. Nesse passo, meus amigos, Vou contar-vos, tal e qual, Um caso que aconteceu, Na Fazenda do Brejal. |
II
Nhá Quirina casada com Nhô João Pedia, ao Céu, em prece repetida: — “Quero a morte, meu Deus!… quero outra vida… Este mundo é só fel e confusão.” Tanto rogou, clamando na oração, Que tombou de uma febre, em recaída, E, certa noite, a morte, de corrida, Veio ao quarto buscá-la, de arrastão… Ela acordou aflita em tosse brava, O esposo, junto dela, ressonava, Enquanto viu a morte, olhando os dois… Nhá Quirina encolheu-se num gemido E resmungou, no canto do marido: — “Leva agora Nhô João, que eu vou depois!…” |
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