Preito de Amor

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Capítulo XXI

Mãe querida


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Torno a ver, nos meus dias de criança,

O teu regaço, a lamparina acesa,

O pequeno lençol que trago na lembrança,

A oração da manhã e o pão à mesa…


Varro o chão, a fitar-te as mãos escravas,

Afagando o fogão, de momento a momento…

A roupa e o batedouro em que cantavas

Para esquecer o próprio sofrimento…


Depois, era o tinir da caçarola,

Aumentando a despesa no armazém…

Vestias-me de renda para a escola

E nunca me lembrei de ofertar-te um vintém.


Cresci… A mocidade me requesta,

Ante a cidade de qualquer maneira…

Parti… — eu era a rosa para a festa,

Ficaste… — eras a rústica roseira.


De tudo vi na estrada grande e nova,

As flores do prazer, o brilho, a fama,

A malícia dourada e os suplícios da prova

Marcando a pranto e fel os passos de quem ama…


Hoje, volto a buscar-te, mãe querida,

Dá-me de tua paz sem ilusão,

Guarda-me em ti, amor de minha vida,

Alma querida de meu coração.




Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier


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