Recados da Vida

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Capítulo XVII

Carta sem endereço


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Meu prezado Moacir,

Num bilhete improvisado,

Naquele jeito de amigo,

Você me pede um recado.


Já sei por telepatia

Na ideia que vai e vem:

Você deseja notícias

Do que se passa no Além.


No código da amizade,

Uma resposta é dever,

Se o companheiro procura

O que aspira a saber.


Entretanto, está difícil

Atender-lhe a confiança,

Na morte, nada se extingue,

Mas tudo sofre mudança.


Não me peça novidade,

Destino é um caso tremendo:

Porque futuro é o retrato

Do que se esteja fazendo.


Não esnobe, nem se gabe

Olhe a vida, sirva e ouça;

Nunca imitar o macaco

Que invade casa de louça.


Converse com tolerância,

Exalte a força do bem,

Não quebre esperança alguma,

Nem menospreze a ninguém.


Não desperdice o seu tempo,

Parado em contras e prós;

Não busque faltas alheias,

Lembre as que temos por nós.


Nas lutas de cada dia,

Guarde calma e não se esquente,

Receba cada pessoa,

Assim como se apresente.


Sobretudo, aqui destaco

A nota a que mais me aplico:

Ante os problemas dos outros,

Ponha silêncio no bico.


Quanto ao mais, siga e não tema…

A morte, quando tem vez,

Só nos entrega de volta

Aquilo que a gente fez.




Jair Presente
Francisco Cândido Xavier


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