Razão e fé quando juntas,

Na luz do mundo interior,

Extinguem quaisquer perguntas

Para a conquista do amor.

Uma dupla que reclama

Caridade e disciplina:

Raciocínio que não ama,

Amor que não raciocina.

A fé quando não trabalha ,

Apenas sonho de fé,

É flor que promete fruto

E morre linda no pé.

Conclusão incontestada

Que se revela tranquila:

A razão iluminada

É a fé quando se burila.

O estilete da razão

Marca a senda em que te elevas,

Mas a fé cria a visão

Que vence o poder das trevas.

A fé que não se conhece

Em raciocínio profundo

É a queixa que imita a prece

E põe a boca no mundo .

A fé no amigo Mateus,

Sem qualquer ponta de agravo,

Dizia viver com Deus,

Trazendo um cachorro bravo.

Duas feridas no Além,

Qual mais dói não sei qual é:

Se a da morte sem razão,

Ou se a da morte sem fé.

A razão é sempre a vida

Em Plano Superior,

Mas só na fé se consegue

Uma tarefa de amor.

Filho do meu coração,

Nas lutas por luz e paz,

Não te afastes da razão

Mas só na fé vencerás.

Para que não se degrade

Em sábios, crentes e ateus,

Tem nome de Caridade

A fé que nos leva a Deus.