Registros Imortais

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Dedicatória

Este livro é dedicado à mentora do Grupo Meimei, Irma de Castro Rocha — Meimei, ou ainda, Blandina —, identificada por André Luiz no livro Entre a Terra e o Céu pela inspiração, sensibilização e sustentação da tarefa de evangelização da criança, e a todos que, assim como nós do Lar Espírita Chiquinho Carvalho, fundaram uma instituição de apoio, instrução e amparo à infância e juventude.




Eugênio Eustáquio dos Santos
Francisco Cândido Xavier

Agradecimentos

Ao Grupo Meimei pela instrução, legado e exemplos de amor aos irmãos desencarnados, especialmente a Francisco Cândido Xavier e aos que, juntamente a ele, sustentaram essa tarefa: Arnaldo Rocha, Francisco Teixeira de Carvalho, Geraldo Benício Rocha e Waldemar Silva. A Cidália Xavier de Carvalho, por nos permitir ingressar no Meimei e depositar toda a sua confiança em nosso grupo, que leva o nome de seu esposo, Chiquinho Carvalho. Aos irmãos do Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, pela confiança e aprendizado oferecidos ao longo desse tempo de convivência e amizade, especialmente a Nélia, minha querida irmã, e a Maria Teresa, companheira de todas as horas, que me sustentaram em momentos de grandes dificuldades, e a Henrique Kemper Borges Junior, sócio benemérito do Grupo, pelo seu apoio e orientação tão necessários no início de nossas atividades. Aos companheiros de todas as casas filiadas à Aliança Municipal Espírita, especialmente ao Jhon Harley, um de seus idealizadores, pelos anos de união, fraternidade e compartilhamento da vivência espírita em nossa comunidade. Ao amigo Geraldo Lemos Neto, que com tanto esmero e fidelidade vem divulgando a vida e a obra de Chico Xavier, e por sua participação tão efetiva no movimento espírita nacional e internacional. A Geraldo Leão, pelo esforço em preservar a memória de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, e pelo resgate da trajetória de Chico Xavier em sua cidade natal. Aos meus pais, Manoel e Neném, pelos 62 anos de união, amor, exemplos e dedicação à família que tanto amamos. Na pessoa de Adriano, agradeço a todos os amigos que compartilham conosco a alegria de viver.




Eugênio Eustáquio dos Santos
Francisco Cândido Xavier

Prefácio espiritual

Bambino, não pense que não estou feliz por ter encontrado a obra-prima de nossas reuniões. Pelo contrário! Mesmo com o nosso gênio de bravo, devo confessar que a felicidade é grande por ter sido encontrado por você. Vejo em você um trabalhador dedicado e com capacidade para representar toda a nossa equipe de quinta-feira, que agora se reúne noutro plano. Me emociono por tantos reencontros! Tivemos erros e acertos, mas a dedicação a esta casa é muito grande. Tinha que ser mesmo dedicado à oportunidade da descoberta desta joia rara que sempre procurei. Siga as suas intuições, pois você encontrará resposta para tudo. Esta alegria passamos para você e todos que estão colaborando. Estou mais ameno? Não. Sou o mesmo turrão de sempre. Aqui é diferente, estou me adaptando. Que Jesus abençoe, e temos certeza de que a obra muito ajudará a todos no campo mediúnico.

Abraço de todos,




Mensagem recebida na noite de 24 de agosto de 2013, por Nélia Isabel dos Santos, durante reunião mediúnica no Centro Espírita Meimei, em Pedro Leopoldo | MG, sendo a primeira comunicação recebida nessa casa espírita após 10 meses de desencarnação.



Arnaldo Rocha n
Francisco Cândido Xavier

Apresentação

O Grupo Meimei foi apresentado por Arnaldo Rocha no livro Instruções psicofônicas no ano de 1955, dado o caráter das reuniões e a participação de Chico Xavier e demais médiuns no socorro aos desencarnados por meio de esclarecimento e consolo, visando o benefício das entidades conturbadas e sofredoras, ficando os minutos finais das reuniões dedicados à palavra direta dos instrutores e dos benfeitores espirituais pela psicofonia, apresentando lições edificantes de amigos, relatos comoventes de irmãos recuperados e elucidações de caráter científico, filosófico e religioso. Foi um dos trabalhos mais íntimos em que o querido médium participou numa casa espírita.

Como não poderia deixar de ser, o Grupo Meimei tornou-se uma escola de grandes ensinamentos e reflexões, que estavam ficando somente na memória de seus frequentadores. A necessidade de registrar as reuniões realizadas, sem tirar delas o caráter íntimo, se tornou evidente, o que foi possível por meio do gravador doado pelo professor Carlos Torres Pastorino, do Rio de Janeiro, no qual foram gravadas essas valiosas comunicações. As mensagens eram transcritas por datilografia, pelas mãos de Waldemar Silva, confrade do Grupo Meimei conhecido por Pachequinho, cunhado de Chico Xavier. Sob a orientação de Emmanuel, tais comunicações se transformaram em dois livros: o Instruções psicofônicas, editado em 1955, e o Vozes do Grande Além, editado em 1957, ambos com a chancela da Federação Espírita Brasileira (FEB).

O Grupo Meimei continua ativo com as bênçãos de Jesus e a presença dos instrutores e benfeitores espirituais. Transformou-se no Centro Espírita Meimei, com a ampliação de suas atividades, mas mantendo o objetivo primeiro da casa, que é o atendimento aos sofredores nas reuniões de desobsessão.

No dia 31 de julho de 2012, o Centro Espírita Meimei completou 60 anos de trabalhos ininterruptos. Para comemorar a data, nós, os atuais trabalhadores da casa, planejamos registrar essa passagem tão significativa em nossa comunidade por meio de reuniões públicas, da arte espírita e ainda do lançamento de um registro histórico: DVD’s contendo o áudio de algumas mensagens publicadas nos livros já citados e organizados por Arnaldo Rocha, material inédito com a voz dos Espíritos reproduzida pela psicofonia de Chico Xavier, e recuperado pela Versátil Vídeo. Para o grande dia, intencionávamos expor na sede do Meimei o gravador utilizado nas gravações dessas mensagens memoráveis, aparelho que se encontra sob a guarda do memorialista Geraldo Leão, de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

Solicitamos, então, ao referido arquivista o empréstimo do equipamento para exposição no Meimei, o que nos foi terminantemente negado, dado o fato do aparelho ser muito velho, passível de danos durante o transporte até à casa espírita. Contudo, o desejo de levar o gravador até a nossa casa após 60 anos, e reproduzir pela primeira vez para o público algumas dessas mensagens obtidas nas memoráveis reuniões de desobsessão, nas quais Chico trabalhou, até sua transferência para Uberaba, persistiu em nossas mentes. Tempos depois decidimos procurar por Geraldo Leão novamente, para sensibilizá-lo da importância do evento e solicitar-lhe, uma vez mais, o empréstimo do famoso gravador. No máximo receberíamos dele um não como resposta, e a alcunha de insistentes nessa nova tentativa. Pois bem: qual não foi a nossa surpresa quando ele demonstrou um grande interesse em nos ajudar nas comemorações, com todo e qualquer material de que necessitássemos, autorizando a transferência do aparelho para o Meimei durante todo o mês de julho de 2012, com a condição de ele próprio levar e buscar o equipamento ao final das comemorações. Pode imaginar a nossa alegria? Nesse momento percebemos que atendíamos a uma indicação da Espiritualidade pelas vias da intuição.

Mas o melhor ainda estava por vir. Disse-nos Geraldo Leão, na oportunidade, que possuía as mensagens originais datilografadas dos livros já publicados, capturadas das fitas. Informei a ele que certamente estaria enganado, pois esse material pertencia à FEB. que os editou. Então ele foi aos seus arquivos, buscou; e me entregou uma pasta amarelecida pelo tempo. de um modelo que não se encontra mais. Pude ver um material muito bem conservado, no qual se via o registro das reuniões do Meimei contendo data da reunião, nome dos participantes, a mensagem recebida na noite, o nome do médium e o nome do Espírito comunicante. Fiquei surpreso e muito emocionado ao me deparar com aquele material! Acreditei, de imediato, tratar-se de algo inédito. Perguntei ao Sr. Geraldo se poderia analisar o material em minha residência, mais detidamente, pois desejava verificá-lo junto às mensagens já publicadas, no que, gentilmente, ele permitiu.

Procedendo a conferência, pude constatar que as mensagens daquela pasta eram realmente inéditas, pois datavam de 4 de outubro de 1956 a 17 de julho de 1958, sendo a data da última mensagem publicada no livro Vozes do Grande Além a do dia 27 de setembro de 1956. Foi um júbilo para mim concluir que as mensagens da pasta que me foi entregue pertenciam às reuniões subsequentes às contidas nos referidos livros já publicados. Comuniquei o achado imediatamente ao amigo Geraldo Lemos Neto e ele, se ligando à nossa emoção, foi portador da seguinte assertiva: “Este é um presente de Chico para o Meimei!”

Na comemoração das bodas de diamante do Meimei, não poderíamos ter recebido joia maior! Curioso é que conversando com a irmã de Chico, Cidália Xavier de Carvalho, frequentadora das inesquecíveis reuniões no Centro Espírita Meimei, junto de seu marido, Chiquinho Carvalho, ela disse algo com o mesmo sentido: “Isso é o Chico se fazendo presente entre nós!”

Em depoimento a Oceano Vieira de Melo, registrado no Meimei para o referido DVD lançado pela Versátil Vídeo, Arnaldo Rocha se refere a essas mensagens que ele nunca mais localizou, exprimindo a esperança de que um dia elas viessem a lume. Vamos ainda encontrar em Reformador uma entrevista do próprio Arnaldo sobre o livro Instruções psicofônicas, publicada em setembro de 2011, na qual ele confirma a existência dessas mensagens:

“(…) Reformador: Surgiram outros livros?

Arnaldo: Organizamos depois o Vozes do Grande Além, lançado em 1957. Houve até um diálogo interessante entre mim e o médium para chegarmos a um ponto comum com relação ao título. Logo depois que Chico se mudou para Uberaba, entreguei a ele parte dos originais para um eventual novo livro, obtido das gravações das psicofonias. A cada visita, lembrávamos a Chico e este sempre respondia: “É mesmo, precisamos publicá-lo…” Depois mudei-me para Brasília passei a visitá-lo esporadicamente, o tempo passou e o terceiro livro não foi publicado (…)” (REFORMADOR, 2011, p. 12).

A proposta desta obra era tão somente publicar as mensagens encontradas após estes anos todos. Entretanto, como sabemos, o nosso planejamento é sempre ampliado pela Espiritualidade e assim sendo, durante a organização do conteúdo, conseguimos reunir fotografias e documentos importantes relativos ao Centro Espírita Meimei, seus médiuns e visitantes da época, quase todos já desencarnados, pois na atualidade contamos apenas com a presença física de Cidália Xavier de Carvalho, irmã de Chico Xavier, e de Maria Laura Nogueira Lima, amigas do coração.

Podemos ver retratadas nestes registros a amizade entre as pessoas, a realização de seus sonhos, a constituição de suas famílias, a união entre os casais para o trabalho mediúnico — situação cada vez mais rara nos dias de hoje. Acredito, inclusive, que foi com o trabalho no Grupo Meimei que Chico Xavier contou efetivamente com a colaboração de seus familiares.

Em nossa pesquisa, conseguimos também identificar algumas personalidades brasileiras de renome no movimento espírita, católico, evangélico, na área acadêmica, política e militar, dentre outras, trazendo-nos mensagens enriquecedoras.

Dessa forma, caro leitor, além das mensagens de alto valor espiritual para nós todos, resgatamos também um pouco da história do Grupo Meimei para dividir com você este presente que chega às nossas mãos através de Chico Xavier, Arnaldo Rocha, Chiquinho Carvalho, Geraldo Benício Rocha (Major), Pachequinho e demais companheiros que brilham no Além, nos auxiliando a materializar estes , a contribuir para o nosso entendimento e nossa sensibilização junto à tarefa mediúnica e da caridade.


Pedro Leopoldo, 31 de julho de 2013.


— Nos 61 anos do Centro Espírita Memei —


Eugênio Eustáquio dos Santos
Francisco Cândido Xavier

Registros imortais

Conjunto de instruções dos benfeitores espirituais especialmente dedicadas ao estudo e meditação dos companheiros integrantes do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais no período de 04/10/1956 a 17/07/1958

1ª reunião: 4 de outubro de 1956 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: André

Mensagem: Da sua história de poder até se tornar um trabalhador da casa. Mentor espiritual do médium Geraldo Benício Rocha, em várias oportunidades apresentou orientações para o andamento das atividades da casa.


2ª reunião: 11 de outubro de 1956 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Raimundo Tavares

Mensagem: Da necessidade dos médiuns pautarem os atos nos padrões evangélicos a benefício do trabalho.


3ª reunião: 18 de outubro de 1956 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Antônio João

Mensagem: Da importância do Evangelho para os iniciantes no trabalho e sua necessidade nos lares, oficinas de trabalho e sua sustentação nos dias de tribulação.


4ª reunião: 25 de outubro de 1956 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: A. J. C. L.

Mensagem: Da submissão ao orgulho e à vaidade, levando a palavra espírita somente à alta sociedade, desviando-se de onde a dor acampava (expositor para a elite).


5ª reunião: 1º de novembro de 1956 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Cícero Pereira

Mensagem: Da alegria que o cristão deve ter de poder servir.


6ª reunião: 8 de novembro de 1956 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Carlos

Mensagem: Da justiça dos homens à justiça divina e dos enganos do poder.


7ª reunião: 15 de novembro de 1956 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Hélio

Mensagem: Da rogativa a Mãe Santíssima aos ainda ligados aos caminhos do mal.


8ª reunião: 22 de novembro de 1956 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Ernestina 5ilar

Mensagem: Da traição e da culpa, levando ao suicídio.


9ª reunião: 29 de novembro de 1956 |

Médium: Não identificado

Espírito: Fábio Silvano

Mensagem: Do agradecimento às bênçãos do tempo e da luta edificante em busca da felicidade.


10ª reunião: 6 de dezembro de 1956 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Vianna de Carvalho

Mensagem: Da história efêmera dos reis do mundo e da grandeza do reinado do Mestre Jesus.


11ª reunião: 13 de dezembro de 1956 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Carlôto Távora

Mensagem: Dos enganos dos abusos do poder e das fraquezas humanas diante da recomendação do “Ide e pregai”.


12ª reunião (1): 10 de janeiro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da emoção no ingresso na equipe espiritual da casa, convidando ao amor e ao trabalho.

(1) Nas semanas do Natal e do Ano Novo, desde a sua fundação, o Grupo Meimei entra em recesso, retomando suas atividades na segunda semana de janeiro.


13ª reunião: 17 de Janeiro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da beleza do recinto de orações, exaltando a fidelidade ao trabalho.


14ª reunião: 24 de janeiro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Luiz Cândido

Mensagem: Da sua libertação dos restos mortais através da prece.


15ª reunião: 31 de janeiro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Cândido das Neves

Mensagem: Do agradecimento ao benefício recebido na casa de oração, revelando a compreensão e da superação das dificuldades para a ascensão espiritual.


16ª reunião: 7 de fevereiro de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: José

Mensagem: Do benefício da misericórdia através da compreensão.


17ª reunião: 14 de fevereiro de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Meimei

Mensagem: Do exercício com a médium para enriquecer-lhe as possibilidades de intercâmbio.


18ª reunião: 21 de fevereiro de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Maria Izabel

Mensagem: Do reconhecimento da misericórdia divina e do pedido de novas oportunidades de trabalho.


19ª reunião: 28 de fevereiro de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Eire

Mensagem: Do esclarecimento à equipe sobre as dificuldades da médium na recepção das mensagens, inspirando-lhe a confiança na prática mediúnica.


20ª reunião (2): 7 de março de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Barros Fournier

Mensagem: “É imprescindível acordar os companheiros da mediunidade para a obra do bem incondicional, a fim de que não estejamos imobilizando a ação dos instrutores do Alto, abnegados e vigilantes na renúncia e na caridade, em benefício do mundo.”

(2) As comunicações ocorridas no mês de março de 1957 fizeram alusão ao centenário da Doutrina Espírita, traduzindo uma reflexão muito profunda sobre o que é ser espírita. Foram expressas no mês que antecede aos 100 anos do marco inicial do Espiritismo, com o lançamento de O Livro dos Espíritos.


21ª reunião: 14 de março de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Barros Fournier

Mensagem: “(…) que os tarefeiros de intercâmbio se capacitem quanto ao impositivo de nossa própria elevação.”


22ª reunião: 21 de março de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Barros Fournier

Mensagem: “A nós outros, espíritas (…), cabe uma tarefa gloriosa: a tarefa de manter a pureza e a simplicidade da lição kardequiana, através da edificação da nossa própria consciência para o Divino Mestre e Senhor.”


23ª reunião: 28 de março de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Barros Fournier

Mensagem: “(…) lembremo-nos de que o Espiritismo também é luz do Céu para as trevas que ainda assenhoreiam o mundo.”


24ª reunião: 4 de abril de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Silvério Gomes Pimenta

Mensagem: “Irmãos, a interpretação de agora não é espiritista ou esoterista, a interpretação é, simplesmente, cristã.”


25ª reunião: 11 de abril de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Manoel da Paz

Mensagem: Do despertar espiritual sob o brilho da comemoração kardequiana.


26ª reunião (3): 25 de abril de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Violeta Odete

Mensagem: Das várias companheiras desencarnadas que, no abatimento da partida, são levadas a buscar no Evangelho o lenitivo para suas almas.

(3) Não há registros da reunião do dia 18 de abril de 1957. É muito provável que Chico Xavier, e demais componentes do Grupo Meimei, tenham participado de outra atividade em comemoração ao centenário da Doutrina Espírita.


27ª reunião: 2 de maio de 1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Sílvia

Mensagem: Da necessidade de orientação da família no mundo moderno, do orgulho e da vaidade que a levaram ao suicídio, e da busca de uma nova encarnação.


28ª reunião: 9 de maio de 1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Salvador de Alencar

Mensagem: Dos irmãos desencarnados presentes à reunião, das leis espirituais e da oportunidade da preparação para provas futuras.


29ª reunião: 16 de maio de 1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Maria Alves

Mensagem: De uma jovem desencarnada no parto do primeiro filho, que fica presa à família e é acolhida por Meimei.


30ª reunião: 23 de maio de 1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Maria Anunciação

Mensagem: De uma mulher egoísta, dura e indiferente ao sofrimento alheio, encastelada na própria felicidade que se vê rodeada de sofredores após a morte.


31ª reunião: 30 de maio de 1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Cícero Pereira

Mensagem: Do convite ao esclarecimento, do bálsamo e do alimento para as almas através da fonte luminosa da oração.


32ª reunião: 6 de junho de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Amintas Soares

Mensagem: Da conduta do movimento espírita.


33ª reunião: 13 de junho de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Das forças espirituais adquiridas.


34ª reunião: 20 de junho de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Das grandes aflições da vida, cujo aprendizado leva à valorização do amor, e da eficácia da oração sincera.


35ª reunião: 27 de junho de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Josias Aquiles

Mensagem: Da paz e de seu significado maior para a evolução.


36ª reunião: 4 de julho de 1957 |

Médium: Elza Vieira.

Espírito: Madalena Maria

Mensagem: Das más influências durante a encarnação.


37ª reunião: 11 de julho de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Geraldo

Mensagem: Dos males que a ignorância sobre a imortalidade da alma pode causar ao Espírito.


38ª reunião: 18 de julho de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Regina

Mensagem: Do fortalecimento para assumir os próprios deveres.


39ª reunião: 25 de julho de 1957 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Altina

Mensagem: Do agradecimento pela acolhida pelo Grupo Meimei.


40ª reunião: 1º de agosto de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: José Xavier

Mensagem: Da passagem do quinto aniversário do Grupo em 31/07, portanto, um dia antes da reunião.


41ª reunião (4): 8 de agosto de 1957 | (A. Americano do Brasil) | (Sabino)

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Antônio Americano do Brasil

Mensagem: Das atitudes essenciais enquanto encarnados.

(4) Nessa reunião, Chico recebeu [além do soneto de A. Americano do Brasil] uma carta consoladora de um pai, Sabino, com o título “Mensagem” endereçada à filha e ao genro que se encontravam presentes.


42ª reunião: 15 de agosto de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Efigênio (S. Vítor)

Mensagem: Do impositivo da verdadeira cooperação dos espíritas para com o Espiritismo.


43ª reunião: 22 de agosto de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: André Luiz

Mensagem: Dos efeitos da palavra e do exemplo no campo da influenciação espiritual.


44ª reunião (5): 29 de agosto de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Cerinto

Mensagem: Das bem-aventuranças de seu despertar para as verdades espirituais.

(5) “”, que consta do livro Vozes do Grande Além, ficou bastante conhecida por sua beleza, sensibilidade e benevolência para com os erros alheios. Esse Espírito foi atendido no Meimei mostrando grande dificuldade de transformação, contudo, quando ela se deu, Arnaldo Rocha registrou a satisfação de receber a referida mensagem: “Cerinto modificou-se e transferiu-se de plano mental, marchando, agora, ao nosso lado, sedento de renovação e luz como nós mesmos. Foi por isso, com imensa alegria, que lhe registramos a comovente rogativa, por ele pronunciada em nossa reunião da noite de 24 de novembro de 1955”.


45ª reunião: 5 de setembro de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Gustavo Ernesto Coelho

Mensagem: Da sua vivência como clérigo, da certeza da comunicabilidade dos Espíritos, da sua chegada ao Plano espiritual e de seu trabalho na casa e junto ao Catolicismo.


46ª reunião: 12 de setembro de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Gercina

Mensagem: Da mulher sensual, que depois de quatro anos junto ao Grupo Meimei despede-se para se preparar para uma nova encarnação.


47ª reunião: 19 de setembro de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Gibraltar de Souza

Mensagem: Da despedida para uma nova encarnação.


48ª reunião: 26 de setembro de 1957 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Sesósteles de Oliveira Teixeira

Mensagem: Do esquisofrênico-depressivo atendido pelo grupo que retorna para agradecer e falar das novas esperanças.


49ª reunião: 3 de outubro de 1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: José Mendes

Mensagem: Do apego ao dinheiro, das perdas materiais, do sofrimento que ensina e do despertar para a verdadeira vida.


50ª reunião: 10 de outubro de1957 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Carlos Dias

Mensagem: Do valor e da importância do corpo físico.


51ª reunião: 17 de outubro de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Irene S. Pinto

Mensagem: Do amor, que é a lei de Deus em toda parte.


52ª reunião: 24 de outubro de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Cícero Pereira

Mensagem: Da Doutrina Espírita, do Evangelho de Jesus interpretado por Kardec e das lições das Esferas superiores, convocando a todos para o ideal ajustamento às leis divinas.


53ª reunião: 31 de outubro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Do sentimento ideal para o auxílio espiritual.


54ª reunião: 7 de novembro de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Efigênio Salles Vítor

Mensagem: Do progresso científico, do aquecimento global, das viagens interplanetárias e da contribuição do Espiritismo na nova era.


55ª reunião: 14 de novembro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: João de Deus (homônimo do poeta português)

Mensagem: Da instrução na casa espírita como portas abertas ao entendimento.


56ª reunião: 21 de novembro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da busca de afastar as sombras e criar disposição ao aprendizado.


57ª reunião: 28 de novembro de 1957 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da construção da paz pela reta conduta.


58ª reunião: 5 de dezembro de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: A. P.

Mensagem: Da infelicidade daqueles que trazem o espinho da culpa cravado no coração.


59ª reunião: 12 de dezembro de 1957 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Dario Veloso

Mensagem: Do Natal.


60ª reunião (6): 9 de janeiro de 1958 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Um irmão sofredor

Mensagem: Da libertação da cegueira, após 69 anos de sofrimento vívido de remorso e de intranquilidade.

(6) Não há registros da 60ª reunião, no dia 19 de dezembro de 1957, e nem nos dias 26/12/1957 e 02/01/1958, provavelmente em função do recesso de fim de ano.


61ª reunião: 16 de janeiro de 1958 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Francisco Magalhães

Mensagem: Da humildade diante do Criador.


62ª reunião: 23 de janeiro de 1958 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Januário Teixeira

Mensagem: Do amor de Deus, que transforma.


63ª reunião: 30 de janeiro 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Waldemar de Freitas

Mensagem: Do abandono das leis evangélicas e do preparo para a reencarnação.


64ª reunião: 6 de fevereiro de 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: (Um padre) não identificado

Mensagem: Do temor da morte, da luz da Doutrina Espírita, do estudo do Evangelho de Jesus.


65ª reunião: 13 de fevereiro de 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Gregório

Mensagem: Da gratidão e da despedida para nova encarnação.


66ª reunião: 20 de fevereiro de 1958 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Ozias

Mensagem: Da sustentação ante as forças sombrias.


67ª reunião: 27 de fevereiro de 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Manoel da Silva Pinto

Mensagem: Do reencontro com grandes mestres na Espiritualidade, assinalando sucessivos conhecimentos na vida imortal.


68ª reunião: 6 de março de 1958 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da alegria do trabalho, da certeza do dever cumprido.


69ª reunião: 13 de março de 1958 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da luta interna para corresponder ao amor divino, conhecendo, aprendendo e praticando o Evangelho.


70ª reunião: 20 de março de 1958 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Das reuniões, que são uma escola de luz.


71ª reunião: 27 de março de 1958 |

Médium: Francisco Gonçalves

Espírito: Jerônimo Cardelli

Mensagem: Da união entre os participantes do grupo, da procura de Deus, da luz na jornada.


72ª reunião: 3 de abril de 1958 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Um irmão

Mensagem: Do agradecimento pela assistência recebida e do incentivo ao Grupo para a continuação dos trabalhos.


73ª reunião: 10 de abril de 1958 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Um amigo

Mensagem: Da bênção da prece para o crescimento com Jesus.


74ª reunião: 17 de abril de 1958 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Um amigo

Mensagem: Da gratidão pela ajuda recebida.


75ª reunião: 24 de abril de 1958 |

Médium: Elza Vieira

Espírito: Um amigo

Mensagem: Da dificuldade de expressão, do convite para deixar algumas palavras ao grupo.


76ª reunião: 1º de maio de 1958 |

Médium: Gil de Lima

Espírito: Lúcia

Mensagem: Da gratidão pelo trabalho dos mentores espirituais junto à casa de oração, comemorando o dia do trabalho.


77ª reunião: 8 de maio de 1958 |

Médium: Gil de Lima

Espírito: Um irmão

Mensagem: Do trabalho em benefício aos necessitados, da oportunidade de aprender.


78ª reunião: 15 de maio de 1958 |

Médium: Gil de Lima

Espírito: Álvaro

Mensagem: Dos obstáculos necessários como estímulos valiosos para a jornada rumo à luz.


79ª reunião: 22 de maio de 1958 |

Médium: Gil de Lima

Espírito: Um irmão

Mensagem: Do amor, do esforço, das virtudes reunidas no coração.


80ª reunião: 29 de maio de 1958 |

Médium: Gil de Lima

Espírito: Um irmão

Mensagem: Da verdadeira felicidade junto aos irmãos sofredores.


81ª reunião: 5 de junho de 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Afonso de Azevedo

Mensagem: Da boa oratória sem o Evangelho no coração.


82ª reunião: 12 de junho de 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: A. Amaro

Mensagem: do coração empedernido no materialismo e da inteligência que faz cair.


83ª reunião: 19 de junho de 1958 |

Médium: Geraldo Benício Rocha

Espírito: Mata Simplício

Mensagem: Do testemunho, das palavras de incentivo após o reequilíbrio no Plano espiritual.


84ª reunião: 26 de junho de 1958 |

Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: André Luiz

Mensagem: Da organização da casa espiritual para a garantia da paz interior.


85ª reunião: 3 de julho de 1958 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Cícero Pereira

Mensagem: Da falibilidade humana e da descaridade, criando empecilhos à evolução espiritual.


86ª reunião: 10 de julho de 1958 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Maria Tereza de Barros

Mensagem: Da pequenez humana diante da lei de causa e efeito, das más escolhas e do sofrimento após o desenlace.


87ª reunião: 17 de julho de 1958 |

Médium: Zínia Orsine Pereira

Espírito: Honório

Mensagem: Da meta de ser cristão.




[No livro impresso a presente reunião é a de nº 61, pedimos vênia ao organizador do presente volume, Eugênio Eustáquio dos Santos, pela renumeração das reuniões a partir da 59ª, dando continuidade numérica às mesmas, sem solução de continuidade, da mesma forma como o fez entre a 25ª e a ]



Eugênio Eustáquio dos Santos
Francisco Cândido Xavier

Minhas palavras

Este relato, amigo leitor, tem o objetivo de apresentar a nossa instituição e justificar nossa participação como organizador desta obra, sem nenhum intuito de buscar projeção pessoal.

Nasci em Pedro Leopoldo no ano de 1958, num local histórico chamado “Quadro”, onde existem as primeiras casas da cidade, pertencentes à Companhia Industrial Belo Horizonte, onde tenho grandes amigos.

Sou solteiro, analista de sistemas, contador, filho de Manoel Pacheco dos Santos, que se aposentou como operário da Fábrica de Tecidos, e de Maria da Saúde dos Santos, que trabalhou também como tecelã — depois de casada dedicou-se exclusivamente à família composta de mais quatro filhos, Nélia, Nilo, Márcio e Mery, hoje com netos e bisnetos, dentre eles Denilson e Aline, ambos colaboradores do Meimei e da Aliança Municipal Espírita, e que através do Grupo Libertas vêm, com muito empenho, divulgando a música espírita em nosso Estado.

Atualmente, sou presidente da Aliança Municipal Espírita de Pedro Leopoldo e de Matozinhos, presidente do Centro Espírita Meimei, vice-presidente do Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, vice-presidente do Lar Espírita Chiquinho Carvalho e conselheiro da Fundação Cultural Chico Xavier.

O interesse pela Doutrina começou junto de amigos na juventude, no ano de 1981, no grupo intitulado “Jovens Cáritas”, nome motivado pela beleza da .

Começamos por estudar O Evangelho Segundo o Espiritismo em nossa residência, no culto do Evangelho no lar. Embora católicos, meus pais permitiram o estudo do Evangelho em nossa casa. Com os esclarecimentos advindos sobre a necessidade da prática da caridade, iniciamos uma “Campanha do Quilo” junto aos vizinhos para atender a famílias em um bairro carente de nossa comunidade. Começamos, assim, a sentir a necessidade do estudo da mediunidade, iniciado então com O Livro dos Médiuns, posteriormente com o livro Nos domínios da mediunidade, obra de André Luiz pela psicografia de Chico Xavier (FEB, 1955).

Estávamos, em 1983, com um grupo de trabalho formado. Precisávamos de um local adequado para continuar as tarefas. Diante dessa necessidade, juntamente de Margarida Mesquita e Ionísio Moreira Silva, amigos e colaboradores, procuramos Cidália Xavier de Carvalho, irmã de Chico Xavier, então frequentadora do Centro Espírita Meimei, e solicitamos a admissão do nosso grupo de trabalho naquela casa, fundada em 31 de julho de 1952 por Chico Xavier e pelo marido de Meimei, Arnaldo Rocha.

Ingressar no Meimei, oficina de estudo e trabalho, de ajuda aos encarnados e desencarnados, fundamentada nas suas memoráveis reuniões de intercâmbio espiritual, foi um grande aprendizado. Ali fundamos o Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, em homenagem ao cunhado de Chico Xavier e dirigente das reuniões do Meimei, com o intuito de ampliar as nossas atividades em ações assistenciais, reuniões públicas, evangelização infantil, atividades que não existiam ali até então. Agregamos também mais duas reuniões mediúnicas ao Grupo Chiquinho Carvalho, às sextas-feiras e sábados, fortalecendo os objetivos primeiros da casa — reuniões que, graças a Jesus, estão em plena atividade.

Em 1986, participamos da fundação da Aliança Municipal Espírita, juntamente aos amigos das outras casas espíritas de Pedro Leopoldo.

Em 1995, o Grupo Chiquinho Carvalho fundou o Lar Espírita Chiquinho Carvalho, em regime de creche, para levar assistência às crianças e aos seus familiares através de seu Departamento de Assistência Social. Hoje, o lar funciona no prédio que abrigou o Asilo Lindolfo José Ferreira por 45 anos, cujo nome foi dado em homenagem àquele que foi o marido de Luiza Xavier, instituição que Chico visitava na passagem do ano novo, oportunidade em que todos da região podiam estar em contato com o médium.

Acredito que a presença de Chico em Pedro Leopoldo foi uma bênção de luz para todos em nossa cidade, não só para os espíritas, mas todos que tiveram a felicidade de conviver com essa alma boa, presenciar os seus feitos e se beneficiar da sua companhia. Porque Chico, enquanto aqui viveu, foi amigo de todos - no centro espírita, nos lares, nas ruas, em todos os recantos, sem exceção. Quando o seu trabalho se propagou, as pessoas começaram a vir para nossa cidade buscando esse contato com o Chico, o que perdurou até a sua transferência para Uberaba, em janeiro de 1959. Chico se foi, contudo deixou a cidade amparada, organizando as casas que deveriam permanecer e continuar o trabalho da Doutrina. Foram elas: o Centro Espírita Luiz Gonzaga, destinado às reuniões públicas de psicografia e receituário, ficando sob a responsabilidade de Manuel Diniz; o Centro Espírita Meimei, com reunião íntima para assistência aos desencarnados, sob responsabilidade de Arnaldo Rocha; o Centro Espírita Scheilla, fundado por José Flaviano Machado, que, sob a orientação de Chico, popularizou o Espiritismo em nossa cidade; o Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes, no qual José de Paula Virgílio, orientado por Chico, ficou encarregado do trabalho de assistência social. Dessa forma, as casas perseveraram na tarefa, surgindo desses grupos novas casas, em lugares estratégicos, permanecendo em seus postulados até os dias de hoje.

Não poderia, neste relato, deixar de falar de um casal que faz parte da nossa vida desde o nascimento: Dália — Cidália Xavier —, e seu esposo, o querido Chiquinho Carvalho, já desencarnado, colegas de trabalho de meus pais na Fábrica de Tecidos Cachoeira Grande e nossos vizinhos lá no bairro “Quadro”.

Lembro-me, na infância, das notícias do irmão ilustre de Cidália Xavier de Carvalho, que sempre ia visitar a irmã, provocando um acontecimento festivo. Chico, com aquele sorriso aberto para a criançada da rua, procurava saber como tinha sido a festa do dia das mães, do Natal, entre outras. Nessa época, não tínhamos contato ainda com a Doutrina Espírita, mas já amávamos estas pessoas — Cidália, uma senhora alegre, Chiquinho, um senhor discreto, ambos muito amigos de todos.

No contato com a Doutrina, descobrimos o verdadeiro trabalho espiritual desse casal. Chiquinho Carvalho, quando começou a namorar Cidália, era católico fervoroso, mas no contato com Chico Xavier absorveu os conceitos doutrinários do Espiritismo e com a mesma fidelidade católica se tornou espírita, colaborando nas reuniões do Luiz Gonzaga, do Meimei, e nos trabalhos de distribuição e peregrinação em nossa comunidade junto de Chico Xavier. Cidália chegou um pouco depois aos trabalhos de desobsessão do Grupo Meimei. É médium dedicada e discreta, e permanece fiel ao trabalho até os dias de hoje dentro do que as suas condições físicas permitem. Para nós, além de uma grande honra, é uma grande oportunidade de aprendizado conviver com essas almas tão queridas, às quais acrescento os nomes do Sr. Geraldo Benício Rocha, irmão de Arnaldo Rocha, portanto, cunhado de Meimei, que muito nos auxiliou no entendimento e experiência nos trabalhos de desobsessão, e de D. Josefa Soares, amiga que nos acolheu naquele ambiente, amparando a todos nós como fez e faz até os dias atuais, zelando pela nossa casa de oração a pedido do próprio Chico Xavier e de Chiquinho Carvalho.

Envolvidos nessas recordações, sob o influxo do exemplo das grandes almas, possamos agradecer a Jesus pela bênção de luz que é a Doutrina Espírita, pela presença constante dos benfeitores espirituais que nos assistem, pelos amigos que compartilham conosco a caminhada e pelas oportunidades de trabalho que nos são oferecidas, lutando para perseverar até o fim.


Organizador



Eugênio Eustáquio dos Santos
Francisco Cândido Xavier

Referências bibliográficas

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CHICO XAVIER INÉDITO — De Pedro Leopoldo a Uberaba. Direção: Oceano Vieira de Melo; Lauro Michielin; César Burnier; Fernando Portela. Produção: Caio Alcântara; Luigi Picchi. São Paulo: Versátil Vídeo Spirite — Brasil 2007. 1 DVD (300 min.), widescreen letterbox 1.66:1, p&b-color, português.

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Francisco Cândido Xavier

História do Grupo Meimei

A história do Centro Espírita Meimei é muito bem contada por Arnaldo Rocha no livro , de onde transcrevo o que segue (XAVIER, 1955, p. 12-15):

“O Chico, por várias vezes, falou-nos do desejo expresso pelos mentores espirituais no sentido de se criar um grupo de irmãos conscientes e responsáveis para a assistência especializada aos problemas difíceis. Em meados de 1952, aderimos, finalmente. Convidamos alguns irmãos conscientes da gravidade que o assunto envolve em si e na noite de 31 de julho do ano mencionado realizamos nossa primeira reunião. (…) A princípio, reuníamo-nos na antiga dependência que o Centro Espírita Luiz Gonzaga ocupou de 1927 a 1950, mas em 1954 (…) transferimo-nos para nossa sede própria e definitiva que, embora singela, se levanta acolhedora à Rua Benedito Valadares, nesta cidade.(…) É preciso dizer que o médium Chico Xavier sempre as recebeu (mensagens contidas no citado livro) psicofonicamente, no último quarto de hora das nossas reuniões, muita vez depois de exaustivo labor na recepção de entidades perturbadas, em socorro de obsessos e doentes, serviço esse no qual coopera, igualmente, junto aos demais médiuns de nossa agremiação.”

A seguir, transcrevo a história do Meimei constante de O voo da garça — Chico Xavier em Pedro Leopoldo | 1910-1959 (HARLEY, (2010, p. 193-200):


(…) Curiosamente, ao reunir informações sobre o Grupo Meimei, sob a forma de documentos, recursos iconográficos e depoimentos dos que participaram das primeiras e memoráveis reuniões, nos deparamos com a escassez de dados e observamos que o próprio movimento espírita nacional, em se tratando de Pedro Leopoldo, pouco se refere ao Grupo Meimei.

Podemos entender que em razão do número limitado de pessoas que participavam dessas reuniões e do seu caráter privativo, o Grupo Meimei permaneceu quase que tão somente na memória daqueles participantes que puderam colaborar na assistência aos desencarnados e desfrutar da presença de benfeitores espirituais por meio da psicofonia de Chico Xavier e de outros companheiros de ideal.

Segundo Arnaldo Rocha, no prefácio do livro Instruções psicofônicas,

“Corria o ano de 1951 e frequentes se faziam nossas excursões de Belo Horizonte, onde residimos, a Pedro Leopoldo, hoje região suburbana da capital mineira. Em conversações fraternas e amigas com o nosso companheiro de ideal Francisco Cândido Xavier, muitas vezes observávamos o volume crescente dos casos de obsessão que procuravam incessantemente as reuniões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga, nas noites de segundas e sextas-feiras” (XAVIER, 1955, p. 12).

Em um depoimento dado à Dra. Marlene Nobre em 1977, o companheiro José de Paulo Virgílio, um dos fundadores do Centro Espírita Beneficente Bezerra de Menezes em Pedro Leopoldo, descreve como chegou a participar do início da construção do Grupo Meimei. Segundo ele, depois de ter acidentado o pé, e correndo o risco de amputá-lo, Chico Xavier, orientado pelo médico espiritual Dr. Bezerra de Menezes, realizou um tratamento com sucesso. Chico o procurou dias depois em sua residência e falou claramente:

“— Escute aqui, meu filho, nós estamos construindo o Centro Espírita Meimei, no que é que você pode nos ajudar?

Eu sou bombeiro eletricista e pensei comigo: “Estou doente e esse homem vem falar de serviço!”

Ele leu meu pensamento:

— Olha, meu filho, você só vai explicar como se faz o serviço, não precisa fazer nada. Fiquei impressionado com a resposta, eu não tinha dito nada. Aí resolvi:

— Eu vou amanhã.

E no dia seguinte peguei a muleta e fui. Eles estavam fazendo um salão grande, um banheiro e um alpendre, instruí o serviço. Mas o servente de pedreiro não entendia nada de eletricidade e eu fui fazendo devagarzinho, conforme minhas forças.

Nos intervalos, bebia da água que ficava sobre a mesa, sem saber que era água fluida. Acabava de almoçar depressa para voltar à tarefa.

Chico passava por lá e dizia:

— Que beleza! Já esta ficando quase tudo pronto!

Faltavam quatro dias para a inauguração quando o serviço já estava quase pronto” (FOLHA ESPÍRITA, 1977, p. 34).

Em 31 de julho de 1952, foi fundada por Chico Xavier e alguns amigos a segunda instituição espírita da cidade: o Grupo Meimei (portanto, a terceira instituição espírita de Pedro Leopoldo). Quem era o responsável por conduzir as reuniões de assistência aos desencarnados no Centro Espírita Luiz Gonzaga era o irmão de Chico Xavier, José Cândido Xavier. A partir de 1939, com a sua desencarnação, as atividades foram interrompidas e somente treze anos depois recomeçaria o trabalho de desobsessão ou assistência aos desencarnados com a fundação desse novo grupo.

Vale aqui destacar a importância de José Cândido Xavier na vida pessoal e mediúnica de Chico, pois além de permanecer ao seu lado desde o início da sua tarefa assumiu papéis de pai, amigo, orientador e conselheiro.

Em “”, encontramos, à página 37, um poema escrito por José Xavier em 14 de março de 1929, portanto, quando ele tinha apenas 23 anos:

Rabiscos

Neste vale de lágrimas e dores,

Onde há o crime; o remorso e pecado,

Existe alguém que leva vida de horrores,

É criminoso ignorante e celerado.


É imperfeito, vil, degenerado,

Indigno até mesmo de viver;

E vive só, no mundo abandonado,

Cumprindo provas para depois morrer.


Pergunta, às vezes, ao nosso Criador

Qual a razão de tanto sofrimento:

– Estás na Terra, por isso és sofredor!

É o que responde a voz do pensamento.


E agradece aquilo que ele passa.

Bendiz a dor sagrada que sofreu.

E esse alguém na Terra tem sua raça,

Pois esse alguém, meu amigo, sou eu.


José C. Xavier

O nome Grupo Meimei, segundo Arnaldo Rocha, foi sugerido pelo Chico com a concordância de um grupo de amigos que trabalhou na organização dessa instituição em seus primeiros passos, como forma de homenagear sua primeira esposa, a companheira Irma de Castro Rocha, mais conhecida como Meimei, desencarnada em 1946.

Segundo depoimento de Arnaldo Rocha a Geraldo Lemos Neto, a instituição deveria se chamar “Casa dos Espíritos”, nome aprovado também por Clóvis Tavares, da cidade de Campos, RJ, o que não teria sido aceito pelo Chico, pois tal denominação poderia criar algum problema com a comunidade católica pedroleopoldense. Arnaldo também sugeriu outro nome: Centro Espírita Allan Kardec, que também não foi aprovado pelos companheiros.

Inicialmente, as reuniões mediúnicas do Grupo Meimei aconteceram na Rua de São Sebastião, na residência da viúva de José Cândido Xavier, Geni Pena 10avier, a quinta sede do Centro Espírita Luiz Gonzaga. Dois anos depois as atividades foram transferidas para a sua sede definitiva, à Rua Benedito Valadares, n° 61 - A.

Em depoimento de Chico Xavier na década de 1980, a construção da sede ficou projetada para o fundo do lote intencionalmente adquirido como estratégia para não chamar as atenções dos moradores com as comunicações dos Espíritos sofredores. Na época, as crendices e superstições em relação às práticas mediúnicas espíritas na pequena Pedro Leopoldo eram muito maiores do que hoje.

Como as reuniões do Centro Espírita Luiz Gonzaga aconteciam às segundas e sextas-feiras, o trabalho de desobsessão do Grupo Meimei passou a acontecer todas as quintas, permanecendo até hoje no mesmo dia e horário estabelecidos pelos primeiros trabalhadores.

Ainda segundo Arnaldo Rocha, na noite de 11 de março de 1954, através da generosidade de Carlos Torres Pastorino, da cidade do Rio de Janeiro, o Grupo Meimei foi presenteado com um gravador de fita de rolo, utilizado desde então para registrar os momentos inesquecíveis com Francisco Cândido Xavier, como consta nos livros Instruções psicofônicas e Vozes do Grande Além, ambos publicados pela Federação Espírita Brasileira.

Até 1988, segundo Eugênio Eustáquio dos Santos, atual presidente do Grupo Meimei, hoje Centro Espírita Meimei, não havia nenhum registro oficial do grupo. Esse fato foi observado quando ele e um grupo de amigos resolveram fundar e registrar o Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, outra instituição que também utiliza as mesmas dependências físicas do Meimei.

Para regularizar o Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, foi necessário regularizar o Grupo Meimei, por meio de uma convocação da Assembleia Geral, ocorrida no dia 28 de março de 1988. Foi nessa mesma reunião que o nome passou de Grupo Meimei para Centro Espírita Meimei e na qual foi prestada uma homenagem a todos os companheiros fundadores da instituição.

Entre os antigos trabalhadores do então Grupo Meimei, gostaria de destacar duas pessoas que tive o privilégio de conhecer: a irmã de Chico Xavier, Cidália Xavier de Carvalho, que permanece, até hoje, colaborando no grupo como médium psicofônica, com exemplos diários de fé em Deus e vontade de viver sempre com esperança e alegria, e a companheira Josefa Soares dos Santos, há aproximadamente 52 anos exercendo com amor e humildade a função de “guardiã” e zeladora da instituição.

Vale também ressaltar que o Meimei também ofereceu as suas dependências para o funcionamento do Grupo Espírita Scheilla, fundado por José Flaviano Machado (Zeca Machado) em 3 de agosto de 1954, no qual funcionou (e ainda funciona, mesmo com sede própria) todas as terças-feiras. Tal fato nos leva a concluir que o movimento espírita de Pedro Leopoldo também tem uma gratidão histórica para com a instituição, pois num mesmo espaço existiram e ainda existem três casas espíritas ocupando as mesmas dependências físicas, o que representa um ideal de fraternidade e união das casas espíritas em nossa cidade. (…)”


Arnaldo Rocha

Francisco Teixeira de Carvalho

Geraldo Benício Rocha

Decanor Gonçalves

Eugênio Eustáquio dos Santos


Eugênio Eustáquio dos Santos


NOTAS DO ORGANIZADOR

Além do Centro Espírita Luiz Gonzaga e do Centro Espírita Meimei, o movimento espírita de Pedro Leopoldo conta com o Grupo Espírita Scheilla, o Centro Espírita Beneficente Bezerra de Menezes, o Templo Espírita Leopoldo Cirne, o Grupo Espírita Chiquinho Carvalho, o Centro Espírita Casa do Caminho e o Grupo Espírita A Caminho da Luz. Além dessas instituições espíritas, existem duas na cidade de Matozinhos vinculadas a Pedro Leopoldo: o Centro Espírita Amor e Luz e o Centro Espírita Albino Teixeira. Atualmente, são dez instituições espíritas filiadas à Aliança Municipal Espírita (AME), órgão de caráter unificador.


XAVIER, Francisco Cândido; ROCHA, Arnaldo (Org.). Instruções psicofônicas. Ditado por Espíritos diversos. Rio de Janeiro: FEB, 1955. p. 12.


José Cândido Xavier nasceu em 30 de maio de 1905, portanto, era cinco anos mais velho que Chico Xavier e desencarnou em 19 de fevereiro de 1939, antes de completar 34 anos.


XAVIER, Francisco Cândido; NETO, Geraldo Lemos; GONÇALVES, Sérgio Luiz Ferreira (Orgs.) Chico Xavier - O primeiro livro. Belo Horizonte: Vinha de Luz, 2010. p. 37.


O companheiro de ideal Oceano Vieira de Melo, da Versátil Vídeo Spirite, da cidade de São Paulo, vem desenvolvendo um excelente trabalho na recuperação da memória histórica do movimento espírita brasileiro. Destaco o resgate de grande parte dessas gravações da psicofonia de Chico Xavier no antigo Grupo Meimei.


Francisco Teixeira de Carvalho (Chiquinho Carvalho), marido de Cidália Xavier de Carvalho, trabalhou por muitos anos no Centro Espírita Luiz Gonzaga e no Grupo Meimei, se transformando em uma das maiores referências do movimento espírita de Pedro Leopoldo.



José C. Xavier n
Francisco Cândido Xavier

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