Relicário de Luz

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Capítulo LVIII

Na luz do bem


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Bem

Em plena cova escura,

Desce a mão generosa

Do operário do pão…


Enquanto se faz ele

Condutor da semente,

Recebe sobre o rosto

Os borrifos do charco.


E vermes asquerosos

Que residem no pântano

Atiram-se-lhe aos dedos,

Tentando corromper-lhe

O sangue nobre e puro.


Mas, longe de temer

Os golpes da maldade,

Enxuga, forte e humilde,

Os salpicos de lama…


E, suando, a cantar,

Prossegue em seu trabalho,

Porque sabe e confia

Que a semente, amanhã,

Será beleza e flor,

Ramaria e alimento,

Para a vida abundante

A estender-se na Terra…


Assim, também no mundo,

Se procuras plantar,

No campo da virtude,

Sofrerás, com certeza,

Os assédios do mal,

Através da calúnia,

Da miséria ou da sombra!…


O lodo não perdoa

Quem lhe arremessa luz

Aos abismos do seio…


Mas, se tens clara fé,

Na grandeza do bem,

Cultiva, sem cessar,

A bondade fraterna

E o futuro feliz

Bendirá teu concurso,

Descerrando-te ao ser,

Largo e lindo horizonte,

Em cuja glória excelsa,

Encontrarás caminho,

Ditoso e resplendente,

Para o retorno ao Lar

Da Alegria Sem fim…




Rodrigues de Abreu
Francisco Cândido Xavier


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