Relicário de Luz

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Capítulo LXXX

Carta de outro mundo


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Não aceites por ventura

Prazer que te desconforte.

O peixe nada à procura

Da isca que o leva à morte.


A cantiga sem cautela

Desce a abismo inesperado.

Alçapão abre a janela

Ao pássaro descuidado.


Trabalha e atende ao porvir.

Contudo, pensa primeiro.

Formiga vive de agir

Mas não sai do formigueiro.


Não uses a liberdade

Gozando a inércia do bruto.

Se queres a eternidade

Não desprezes teu minuto.


Faze o bem. Não sejas louco,

Aprende no amor cristão.

Inteligência é bem pouco

No dia da salvação.


Sem Deus, não busques na Terra,

Luz e paz em parte alguma,

Há mais angústia e mais guerra

Quando a mentira se esfuma.


Evita o abono e a licença

Em que a preguiça se escuda.

Ferrugem é a recompensa

Da enxada que não ajuda.


Dos males que andam na estrada,

Aquele que mais domina

É a mente desocupada

Que vive sem disciplina.


Despreza a ciência avessa.

É dolorosa irrisão

Ter mil livros na cabeça

E gelo no coração.


Perdoa a mão que te prende

A tropeços escarninhos.

Muita rosa se defende

Pela abundância de espinhos.


Foge aos gozos aparentes.

Toda flor cai ao monturo,

Mas o fruto dá sementes

Que seguem para o futuro.


Mas a glória que se inflama,

Sem Jesus-Cristo no fundo,

Quase sempre é treva e lama

Nos caminhos do outro mundo.


Não te exponhas ao perigo

Da tentação que te agrade,

Mas se tens Jesus contigo

Não temas a tempestade.




Belmiro Braga
Francisco Cândido Xavier


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