Renascimento Espiritual

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Capítulo VIII

Luís Eduardo Cacciatore

Luís Eduardo Cacciatore, aos 6 anos de idade foi acometido pela Leucemia Linfóide Aguda. Com vários anos de tratamento em radioterapia e quimioterapia, a doença parecia ter chegado ao fim.

Passado algum tempo, aos seus 12 anos de idade, é obrigado a um novo tratamento. Evidenciavam traços do retorno da moléstia, que levou mais dois anos sob os cuidados médicos.

Desencarnou aos 14 anos.

Em sua curta existência, Luís Eduardo esforçava-se para combater a doença que o consumia. Estimulava-se muito na ginástica e no esporte. Praticava hóquei sobre patins.

O médico que o assistia sugeriu o seu afastamento dessa modalidade esportiva por achá-la demasiadamente desgastante ao seu estado físico. Ele recusou o conselho médico continuando a praticá-la.

Luís Eduardo não conseguiu vencer está partida com a vida. Sua vovó Maria veio ao seu encontro.

É de se notar também em sua mensagem o encontro com um amigo que se deu a conhecer por “Tio Pinelli”. Este tio, quando encarnado, chamou-se Euclydes e era conhecido por “Pinelli”. Luís Eduardo não o conheceu em vida, fato que marcou profundamente a família por não terem em suas lembranças a imagem desse Espírito, por ocasião da visita ao Chico Xavier.

Também não conheceu seu bisavô Fernando.


MENSAGEM


“Não me suponham transformado no muro da indiferença. Não é isso. É que estou aprendendo a amá-los com pensamentos mais altos que nos induzem todos à precisa renovação espiritual.

Querida mãezinha Niltes e querido papai Fernando, recebam com o Luciano os meus pensamentos de paz e alegria.

Compreendo-lhes o desejo de notícias novas. Quem ama quer sempre confirmações e mais confirmações. As mensagens entre esses corações queridos, se tornam alimento espiritual e noto aqui, na 5ida Maior, que a ligação entre pais e filhos não foge à regra.

Posso dizer-lhes que vou seguindo para a frente com as melhores esperanças. Tratamentos e reajustes passaram. Agora estou em forma para o trabalho que me reservaram aqui. Até agora, já consegui exercitar assistência a irmãos doentes, em hospitais diversos.

De tanto lidar com meu próprio caso, sempre rodeado de dores, aprendi o caminho do serviço aos nossos amigos considerados em posição grave de saúde.

Isso tem sido para mim um exercício dos mais úteis porque nós, os rapazes de minha faixa, que estimávamos tanto ginástica e tantos jogos esportivos que nos favorecessem a forma física, por aqui reconhecemos que existe uma ginástica diferente, aquela da alma que se inclina sobre outra alma prisioneira do corpo, de modo a lhe apagar os ápices de sofrimento e inquietações.

Esse trabalho, mãezinha Niltes, venho realizando com o meu bisavô Fernando, cuja paciência e compreensão representam exemplos dos mais altos em meu benefício.

De nossos familiares, reconheço que tudo prossegue sem novidades que possam causar qualquer intranquilidade e rendo graças a DEUS por isso… entretanto, noto o nosso Luciano um tanto nervoso e difícil, especialmente quando me dirige seus pensamentos. Desejo pedir ao irmão que se acalme e conserve a confiança em DEUS. Luciano precisa ser o moço forte, compreensivo que se desenvolve tanto na inteligência, quanto no coração. Não espero vê-lo irritado e descontente com a vida. De minha parte, farei o possível para que ele cresça cada vez mais nos estudos e nas aspirações de ordem superior.

Aqui a vovó Maria Delgado continua a dispensar-me assistência maternal e reconheço que somente a paz em nós se fará paz nos outros e muitas outras disciplinas vou adquirindo para ser realmente útil.

Mãezinha Niltes e papai Fernando, agradeço-lhes todos os auxílios que me endereçam. Prometo retribuir-lhes o devotamento, um dia, quando puder de meu lado imitar-lhes os gestos de bondade e compreensão para conosco.

Encontrei aqui um amigo que se deu a conhecer por “Tio Pinelli”, com quem vou aprendendo valiosas lições.

As saudades são as mesmas dos primeiros dias de minha transferência para cá, mas o meu bisavô Fernando vem me ensinando que as saudades são formas de apelo ao trabalho do bem e que, servindo aos outros quais se os outros fossem os nossos que tanto amamos, transformaremos gradativamente os nossos sentimentos, para que as nossas saudades não se façam lamentações e sim ocasiões para trabalhar e servir sempre mais com a vontade de DEUS, do que com a nossa própria vontade.

Não me suponham transformado no muro da indiferença. Não é isso. É que estou aprendendo a amá-los com pensamentos mais altos que nos induzem todos à precisa renovação espiritual.

Com o meu coração nas palavras, peço aos pais queridos para me abençoarem e rogo ao Luciano aceitar o meu abraço de otimismo e confiança.

Muito carinho com saudades muitas do filho e irmão que os ama cada vez mais.

Sempre o filho e irmão agradecido,


Luís Eduardo
Luís Eduardo Cacciatore

ESCLARECIMENTOS


Pais: José Fernando Cacciatore e Niltes Aparecida Pinelli Cacciatore.

Endereço: Rua Teodoreto Santo, 958, Aclimação, CEP 01539-000, São Paulo, SP.

Irmão: Luciano Cacciatore.

Bisavô: Fernando Cacciatore, desencarnado em 1951.

Tio Pinelli: Euclydes Pinelli.

Vovó Maria: Maria Delgado, bisavó materna, desencarnada em 1975.


Rubens S. Germinhasi


Luís Eduardo
Francisco Cândido Xavier


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